Tremembé foi construído para ser o presídio dos famosos? Descubra a história

O Complexo Penitenciário de Tremembé, no interior de São Paulo, tornou-se sinônimo de notoriedade ao reunir alguns dos detentos mais conhecidos do país. O apelido “presídio dos famosos” não surgiu por acaso: o local concentra presos envolvidos em crimes que chocaram o Brasil.

Por que Tremembé recebe criminosos de alto perfil

Segundo a CNN, a escolha de Tremembé como destino desses condenados é estratégica. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) costuma enviar para lá presos que, por sua exposição pública ou ocupações anteriores, correm risco de morte em unidades comuns. A medida busca preservar a integridade física desses detentos, afastando-os de presídios dominados por facções.

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Entre os nomes recentes estão o ex-jogador Robinho, condenado por estupro na Itália; Fernando Sastre, motorista acusado de causar um acidente fatal de Porsche; e Ronnie Lessa, ex-policial condenado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco. Todos foram transferidos ao Vale do Paraíba em operações de segurança reforçada.

O “presídio dos famosos”

O complexo é formado por cinco unidades, sendo três masculinas e duas femininas. A Penitenciária 2 “Dr. José Augusto Salgado” é a mais conhecida, abrigando presos de grande repercussão. A fama da unidade cresceu junto com a lista de condenados que passaram por lá.

Entre os ex-detentos estão nomes como Suzane von Richthofen, Alexandre Nardoni, Elize Matsunaga e Gil Rugai, todos envolvidos em crimes de grande impacto nacional. Também já cumpriram pena no local o ex-goleiro Edinho, filho de Pelé, e o médico Roger Abdelmassih, condenado por estupro de pacientes.

Apesar da fama, o cotidiano em Tremembé é semelhante ao de outros presídios paulistas. Os presos podem participar de cursos e oficinas de trabalho, como reforma de carteiras escolares, costura e montagem de móveis, atividades coordenadas pela Funap. As oportunidades variam conforme o perfil e as habilidades de cada interno.

Presidente Lula

Em 2019, o complexo quase recebeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sua transferência chegou a ser autorizada pela Justiça Federal, mas o Supremo Tribunal Federal suspendeu a decisão, garantindo que ele permanecesse na sede da Polícia Federal em Curitiba.