O Ed Gein é um dos assassinos mais perturbadores da história dos Estados Unidos. Preso em 1957, ele foi condenado por três assassinatos, mas acredita-se que o número real de vítimas seja muito maior. Seus crimes chocaram o país e inspiraram uma série de produções cinematográficas que moldaram o gênero terror.
Agora, com a estreia de Monstro: A História de Ed Gein, terceira temporada da série Monstro, da Netflix, a figura do criminoso volta a ser revisitada e com ela, as histórias que nasceram de seus atos macabros.
Psicose (1960): o terror psicológico de Alfred Hitchcock
O clássico Psicose, dirigido por Alfred Hitchcock, é considerado o ponto de partida para o terror moderno. O roteiro, escrito por Joseph Stefano, foi baseado no livro homônimo de Robert Bloch, autor que vivia a poucos quilômetros da fazenda onde Gein cometia seus crimes.
Assim como o assassino real, o personagem Norman Bates é dominado pela figura da mãe, mantém o quarto dela intocado e demonstra uma relação doentia com a morte e a culpa. Apesar das semelhanças, Bloch sempre negou que seu personagem tenha sido inspirado diretamente em Gein.
O Massacre da Serra Elétrica (1974): o horror visceral de Tobe Hooper
O diretor Tobe Hooper ouviu falar de Ed Gein ainda na infância, e a história o marcou profundamente. Anos depois, ela daria origem a O Massacre da Serra Elétrica, um dos filmes mais icônicos do gênero “slasher”.
O protagonista Leatherface, com sua máscara feita de pele humana e comportamento canibal, foi inspirado diretamente nos relatos sobre Gein que, entre outros horrores, confeccionava objetos a partir dos corpos de suas vítimas.
O Silêncio dos Inocentes (1991): o terror psicológico do realismo
Em O Silêncio dos Inocentes, o escritor Thomas Harris se inspirou em diversos criminosos reais, mas a influência de Gein é clara no personagem Buffalo Bill. O assassino fictício costura roupas com a pele de suas vítimas, em um reflexo macabro das práticas do verdadeiro Gein.
Ao lado de Hannibal Lecter, Bill ajudou a definir um novo tipo de terror: mais psicológico, humano e profundamente perturbador.
Um legado sombrio
Mais de meio século depois, os crimes de Ed Gein continuam a alimentar o imaginário popular e inspirar produções que exploram o limite entre o horror e a realidade. A nova série da Netflix revive essa história e mostra como a crueldade humana pode se transformar em arte, ainda que nas formas mais sombrias.
Reprodução/ Netflix
