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Nas últimas semanas, o lipedema voltou aos holofotes depois que a atriz Yasmin Brunet revelou ao programa Fantástico que convive com a condição. Celebridades como Bárbara Reis também se manifestaram nas redes, impulsionando o debate sobre a importância do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos adequados.
Trata-se de uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura em regiões específicas do corpo, como pernas, quadris e tornozelos.
De acordo com o dermatologista Emmanuel Magalhães, professor do curso de Medicina da Universidade de Fortaleza (Unifor), ainda não há uma causa única definida para o lipedema, mas fatores hormonais, genéticos e inflamatórios parecem estar envolvidos. Ele explica que a doença costuma se manifestar durante períodos de intensas alterações hormonais, como a puberdade, gravidez ou menopausa.
Tipo 1: nádegas e quadril
Tipo 2: nádegas, quadril e coxas
Tipo 3: nádegas, quadril, coxas e pernas
Tipo 4: braços
Tipo 5: panturrilhas
A fisioterapeuta Lorena Loureiro, professora do curso de Estética e Cosmética da Unifor, explica que o diagnóstico do lipedema é predominantemente clínico, baseado na observação física e na análise do histórico do paciente. O problema é que, por ter sintomas semelhantes aos da obesidade e do linfedema, ele costuma ser confundido com outras doenças.
O tratamento do lipedema deve ser individualizado e contar com o envolvimento de diferentes especialidades, como endocrinologia, cirurgia plástica, nutrição e fisioterapia.
Entre as medidas terapêuticas mais utilizadas estão:
Mudanças no estilo de vida, com foco em uma alimentação anti-inflamatória;
Atividades físicas específicas, que não sobrecarreguem as articulações;
Terapia física complexa, incluindo drenagem linfática manual;
Uso de roupas compressivas, para aliviar dor e inchaço;
Medicações específicas, conforme orientação médica.
Nos casos mais severos, a lipoaspiração com anestesia local pode ser indicada para retirar o excesso de gordura e aliviar os sintomas. O procedimento contribui para a melhora do contorno corporal e da qualidade de vida da paciente.
Além disso, manter um estilo de vida saudável é essencial para frear o avanço da doença. Isso inclui:
Prática regular de exercícios;
Hidratação adequada (mínimo de 2 litros de água por dia);
Dieta equilibrada, rica em alimentos naturais e pobre em ultraprocessados.
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