Entretenimento
por Isabela Fernandes
Publicado em 11/05/2025, às 08h00
Um relatório recente da SPTrans, responsável pelo transporte público na capital paulista, revelou que a velocidade média dos ônibus em São Paulo durante os horários de pico mal ultrapassa os 20 km/h. Esse número é comparável ao desempenho de corredores profissionais em provas de longa distância.
Durante as manhãs, nos corredores exclusivos que ligam os bairros ao centro, os ônibus atingem uma média de 20 km/h. No fim da tarde, esse ritmo cai para 19 km/h.
Já em vias comuns, sem faixa dedicada ao transporte coletivo, o desempenho é inferior: os coletivos circulam a 16 km/h pela manhã e apenas 15 km/h no pico da tarde. A diferença mostra a importância da infraestrutura exclusiva. A SPTrans afirma que os corredores garantem uma eficiência até 25% maior.
Para ilustrar a lentidão enfrentada pelos passageiros, a comparação com a tradicional corrida de São Silvestre chama atenção: o queniano Wilson Too, campeão da última edição, completou o percurso com uma velocidade média de 20,28 km/h, praticamente empatando com os ônibus dos corredores exclusivos. Já a vencedora feminina, a queniana Agnes Keino, teve desempenho um pouco abaixo, com 17,5 km/h.
Apesar da provocação de que seria mais rápido ir correndo do que de ônibus em certos momentos, a comparação não se aplica à maioria das pessoas. Corredores amadores, como os que frequentam o Parque Ibirapuera, por exemplo, costumam correr a velocidades entre 10 e 12 km/h, bem abaixo do que os coletivos conseguem manter.
Segundo a SPTrans, tanto a velocidade média dos ônibus quanto a demanda diária, que gira em torno de 7 milhões de passageiros, permaneceram estáveis entre 2023 e 2024. O relatório reforça a necessidade de ampliar as faixas exclusivas e investir em soluções para melhorar a fluidez do transporte público.
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