Esportes
por Marcela Guimarães
Publicado em 28/05/2025, às 17h48
Osmar Stabile, presidente interino do Corinthians após o afastamento de Augusto Melo, revelou que o clube corre um sério risco de ser excluído do Profut, programa federal para o parcelamento de dívidas fiscais, por falta de dinheiro para quitar parcelas em atraso.
O problema financeiro pode gerar uma execução imediata de R$ 130 milhões, valor atualizado da dívida do clube dentro do programa, segundo o balanço mais recente.
Stabile confirmou que o Corinthians já deixou de pagar duas parcelas e que não há recursos disponíveis para quitar a terceira — esta no valor de R$ 3 milhões.
Com um possível atraso, o clube poderá perder o benefício do parcelamento, de acordo com o artigo 16º da legislação do Profut, que determina a rescisão do acordo após três adiamentos seguidos.
“Precisamos buscar recursos. Não me pergunte como, mas vamos fazer”, afirmou o dirigente, sem detalhar estratégias para melhorar a situação do time.
Com a maior dívida fiscal entre todos os clubes do Brasil, o Corinthians acumulava, até o fim de 2024, cerca de R$ 700 milhões em tributos a pagar, além de débitos parcelados e novas pendências com o Governo Federal e a Prefeitura de São Paulo.
Ao escolher o Profut em 2015, o clube parcelou R$ 181 milhões em 20 anos, ou seja, esperando que o valor fosse quitado até 2035, mas o saldo devedor ainda está em R$ 130 milhões. A previsão era pagar pelo menos R$ 9 milhões por ano.
Segundo o último balanço, o time iniciou o ano de 2025 com apenas R$ 12,7 milhões em caixa, piorando a dificuldade em firmar compromissos financeiros.
Embora a exclusão do Profut não aconteça de forma automática, ela pode ser decretada a qualquer momento pela Receita Federal, deixando o Corinthians exposto à cobrança total da dívida.
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