Esportes
por Marcela Guimarães
Publicado em 27/05/2025, às 11h20
Na última segunda-feira (26), Augusto Melo, presidente do Corinthians, foi afastado do cargo após o Conselho Deliberativo aprovar, por maioria simples, o processo de impeachment. A decisão foi tomada dias depois de ele ter sido indiciado pela Polícia Civil de São Paulo.
O dirigente foi enquadrado nos crimes de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.
Além do presidente, também foram implicados no caso o ex-diretor administrativo Marcelo Mariano, o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura e Alex Cassundé, intermediário e dono da empresa envolvida no contrato com a antiga patrocinadora do clube.
Quem assume interinamente é o primeiro vice-presidente do clube, Osmar Stábile. Enquanto isso, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., deverá convocar, dentro de cinco dias, uma assembleia geral de associados.
Os sócios decidirão em votação se o impeachment será mantido ou não. A decisão será tomada por maioria simples, mas ainda não há data definida para ocorrer.
Caso a maioria opte pelo impeachment definitivo, Augusto Melo deixará o cargo permanentemente e Stábile seguirá como presidente até que uma nova eleição indireta seja realizada; neste caso, apenas conselheiros trienais e vitalícios podem votar.
Se o impeachment não for confirmado na assembleia, Augusto Melo retorna ao cargo e segue seu mandato como presidente do Corinthians.
O Corinthians anunciou, em janeiro de 2024, um contrato histórico com a casa de apostas VaideBet, considerado o maior patrocínio máster do futebol brasileiro até então.
Poucos meses depois, a Polícia Civil de São Paulo passou a investigar o contrato milionário por suspeitas de lavagem de dinheiro, além de uma suposta conexão com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
As investigações revelaram que cerca de R$ 1,4 milhão, pagos em comissão, foram desviados por meio de empresas de fachada. O dinheiro, segundo a Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), circulou por contas suspeitas após a quebra de sigilo bancário dos envolvidos.
A Polícia Civil deve concluir o inquérito até o fim de maio. Os crimes investigados envolvem lavagem de dinheiro e associação criminosa. O caso segue sob segredo de Justiça.
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