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Nesta segunda-feira (15), conselheiros ligados à oposição formalizaram um pedido de afastamento do presidente Julio Casares, após a revelação de um esquema de venda ilegal de ingressos em um camarote do estádio do Morumbis durante shows realizados em 2025.
O movimento é liderado por integrantes do grupo “Movimento Salve o Tricolor Paulista”, que faz parte do Conselho Deliberativo do clube. Segundo os conselheiros, os elementos divulgados tornam difícil afastar a hipótese de que o presidente tivesse conhecimento do esquema.
Para que o pedido avance oficialmente, são necessárias ao menos 52 assinaturas, como citado pela CNN Brasil.
Caso o processo de impeachment seja instaurado e avance, o estatuto do São Paulo define que a presidência passa automaticamente ao vice-presidente. Atualmente, o cargo é ocupado pelo empresário Harry Massis Júnior, de 80 anos, que integra a diretoria desde 2021.

Sócio do clube há mais de seis décadas, Massis tem longa trajetória na política interna são-paulina. Ele já exerceu diferentes funções administrativas e integrou as delegações campeãs mundiais de 1992 e 1993.
O caso veio à tona após a divulgação de áudios, que apontam a comercialização clandestina de ingressos de um camarote institucional do Morumbis. Entre os citados estão Mara Casares, ex-esposa do presidente e diretora feminina, cultural e de eventos, e Douglas Schwartzmann, diretor adjunto das categorias de base. Ambos pediram licença dos cargos.
Segundo as gravações, ingressos teriam sido vendidos para o show da cantora Shakira, em fevereiro de 2025. O camarote envolvido é conhecido internamente como “camarote da presidência”, cuja comercialização é proibida.
Em nota, o São Paulo afirmou que irá apurar os fatos e adotar as medidas cabíveis. Enquanto isso, o Conselho Deliberativo deve analisar os próximos passos, em um cenário que pode provocar mudanças significativas no comando do clube em pleno período de planejamento esportivo.
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