O empresário Rubem Menin vem sondando no mercado de uns meses para cá sobre possíveis interessados em comprar sua operação de comunicação, encabeçada pela CNN. Os números do grupo melhoraram bastante, gerando relevância e audiência em São Paulo e em Brasília. O fato animou o seu principal acionista, que disparou seus pitbulls pela Faria Lima para farejarem possíveis grupos interessados em adquirir o negócio. Pelo apetite do empresário mineiro, não irá demorar para algum fundo tamanho B fazer uma “due" e acelerar na aquisição.
À espera da privataria?
Na badalada Faria Lima, onde até cafeteria tem fila de espera e o preço do estacionamento rivaliza com aluguel, dois terrenos públicos continuam sem uso definido. Um do INSS, outro da Caixa Econômica Federal — juntos, avaliados em cerca de R$ 1 bilhão! Isso mesmo: um bilhão parado no meio do paraíso dos tubarões do mercado. Enquanto bancos e gestoras se engalfinham por cada palmo de terra, os imóveis abandonados seguem lá, intocados, como se estivessem à espera de um milagre (ou uma privatização "camarada" mesmo).
Valets do terror não são exclusividade do Figueira Rubaiyat
Mara Carvalho, atriz conhecida por ter atuado em novelas como O Rei do Gado e Renascer, recentemente foi atropelada pelo próprio carro dirigido por um manobrista do restaurante A Figueira Rubaiyat. O caso não é isolado, e escancara um problema onde luxo e descaso andam de mãos dadas.
A região tem uma extensa lista de acidentes e fatalidades com casos semelhantes. Em 2009, no Itaim Bibi, um manobrista atropelou três colegas de profissão, tirando a vida de um deles, enquanto dirigia um Jeep Cherokee. Já em 2012, em Pinheiros, outro manobrista atropelou uma adolescente de 16 anos enquanto fazia manobras perigosas com um Renault Twingo, a jovem não sobreviveu.
O caso da Mara Carvalho não é o primeiro e nem deve ser o último. No Jardins, é comum presenciar manobristas conduzindo carros de luxo em alta velocidade, transformando ruas como a Melo Alves em pistas de corrida como se estivessem em um filme de Velozes e Furiosos. Barulho de buzinas e bloqueio de ruas por veículos estacionados de forma irregular já são parte do cotidiano das pessoas que frequentam o local, deixando claro a falta de fiscalização.
A Faria Lima da ZL
Do outro lado da cidade, a Zona Leste ensaia seu próprio passo rumo ao estrelato urbanístico. O Eixo Platina, projeto bilionário em construção, quer ser a Faria Lima dos esquecidos — mas ainda falta chão. Com seis espigões já entregues, o complexo tenta seduzir investidores com papo de “mercado emergente” - aquele termo fofo usado pra dizer que tem demanda, mas falta estrutura. Faltam incentivos, políticas públicas consistentes e, principalmente, vontade de enxergar na Zona Leste não apenas um novo nicho comercial, mas uma parte essencial da cidade.
Eldorado 1
No acordo que pôs fim à guerra de oito anos pela Eldorado Celulose, quem saiu perdendo foram mesmo os advogados de ambos os lados. São quase 150 escritórios do Brasil e do mundo. Vários deles estão vendo o fim de mamatas de mais de R$ 1 milhão por mês. Tem advogado em depressão mesmo, literalmente.
Eldorado 2
Outro grande perdedor foi o executivo baiano Cláudio Cotrim, presidente da Paper Excellence no Brasil. Antes mesmo de o negócio ser oficializado, ele correu à imprensa para anunciar que não estava desempregado. Seguirá prospectando investimentos para a empresa Indonésia no Brasil. Mas o comunicado oficial da Paper Excellence não fala nada sobre Brasil.
Eldorado 3
Os empresários Joesley Batista e Jackson Widjaya saíram satisfeitos com o fim da briga. O primeiro recomprou os 49% da Eldorado que havia vendido ao segundo por mais do que o dobro do preço pago oito anos atrás. Um preço considerado justo para o valor atual da companhia, suficiente para os indonésios se mandarem de cabeça erguida.