Farinha Lima

Virada milionária

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Entre fogos milionários, fé patrocinada, saidinha que vira retorno e publi multada, a virada paulistana mostrou que nem todo ano novo começa leve.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Imagem gerada por IA
Farinha Lima

por Farinha Lima

Publicado em 30/12/2025, às 07h00



O Réveillon na Paulista promete começar 2026 com fogos no céu e cifras no chão: só em cachês, a prefeitura de São Paulo vai desembolsar ao menos R$ 6,1 milhões, quase o dobro do gasto na virada anterior.

No horário nobre, Ana Castela e Simone Mendes lideram a lista dos mais bem pagos, com R$ 1,35 milhão cada, seguidas por João Gomes, Belo e Maiara & Maraisa, enquanto Latino fecha a conta já em 2026 por R$ 400 mil. A programação começa cedo, mistura DJ, sertanejo, pop, pagode e música religiosa, embora parte dos acordos esteja sob sigilo.

No fim, a Paulista vira palco de celebração pública com orçamento de festival privado e fé declarada no poder do show para virar o ano em alta.

Dizimo público

Depois de gastar milhões para animar a Paulista na virada, a prefeitura de São Paulo também resolveu garantir o réveillon do Corinthians: o clube vai começar 2026 com R$ 2,9 milhões na conta pelo aluguel da Neo Química Arena para o Vira Brasil 2026, uma virada evangélica bancada por um patrocínio municipal de R$ 4 milhões à Convenção Batista Lagoinha.

Do dinheiro público, a maior fatia vai direto para o estádio alvinegro, enquanto o restante cobre palco, estrutura e divulgação. O evento, que originalmente seria no Allianz Parque, mudou de endereço no mesmo dia em que o prefeito Ricardo Nunes anunciou o apoio oficial, evitando um replay das polêmicas do ano passado sobre barulho e alvarás.

Saidinha reversa

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Enquanto isso, a saidinha de Natal em São Paulo voltou a dar dor de cabeça: ao menos 17 detentos beneficiados pela saída temporária foram presos novamente após cometer crimes como roubo, sequestro, tentativa de estupro e violência doméstica, entre a capital e o interior.

Em poucos dias, a Polícia Militar também flagrou 865 beneficiados descumprindo regras básicas, somando quase mil infrações, de desrespeito ao recolhimento noturno a circulação em locais proibidos. No balanço das festas, para parte dos liberados, o Natal terminou antes do Ano-Novo e direto no retorno à prisão.

Publi no Procon

A WePink, marca de cosméticos da influenciadora Virginia Fonseca, descobriu que vender online não é só postar publi: levou uma multa de mais de R$ 1,5 milhão do Procon-SP por uma coleção de infrações ao Código de Defesa do Consumidor.

A punição, segundo o órgão, reflete a gravidade das falhas, a vantagem obtida e o porte da empresa, que agora pode se defender enquanto consumidores seguem sendo orientados a reclamar formalmente. Influência muita, entrega nem tanto.

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