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No universo automotivo, poucos atributos são tão valorizados quanto a confiabilidade. Alguns motores conquistaram uma reputação rara: a de rodar por centenas de milhares de quilômetros sem apresentar falhas graves, desde que a manutenção básica seja respeitada.
Essa combinação de robustez, custo acessível e facilidade de reparo faz com que certos modelos sejam disputados no mercado de usados e lembrados até hoje como verdadeiros “tanques de guerra”, como citado pelo site UOL.
Lançado em meados dos anos 1980, o motor AP virou sinônimo de durabilidade. Presente em modelos como Gol, Santana, Voyage e Parati, o conjunto ganhou fama tanto pelo uso cotidiano quanto pela resistência a preparações mais agressivas. Sua produção se estendeu até 2012, o que garantiu ampla oferta de peças e manutenção simples até hoje.
Responsável por impulsionar o Fiat 147 e, mais tarde, o Uno Mille, o motor Fiasa se destacou pela construção simples e pelo baixo custo. Projetado ainda nos anos 1970, atravessou décadas com diferentes cilindradas e se consolidou como um dos motores mais confiáveis entre os carros populares brasileiros.
Apesar das críticas ao desempenho, o CHT compensava com funcionamento suave e boa durabilidade. Utilizado em modelos como Corcel, Del Rey e Escort, o motor teve origem em um projeto europeu e passou por diversas evoluções até ser aposentado nos anos 1990.
Poucos motores tiveram vida tão longa quanto a Família II da Chevrolet. Presente em Monza, Kadett, Vectra, Astra, Zafira e até na S10, o conjunto ficou conhecido pela robustez e pela ampla oferta de peças. Suas variações chegaram a ultrapassar os 30 anos em produção.
Representando os japoneses, o K20 da Honda combina desempenho elevado com confiabilidade exemplar. Famoso no Civic Si, o motor gira alto, entrega muita potência para um aspirado e, ainda assim, mantém a fama de resistente quando bem cuidado.
Mais do que números de potência, esses motores provaram que projetos bem executados resistem ao tempo. Para muitos motoristas, eles não são apenas boas escolhas mecânicas, mas verdadeiros patrimônios da história automotiva brasileira.
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