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por Marcela Guimarães
Publicado em 28/06/2025, às 08h00
Com o ritmo acelerado de lançamentos na cidade de São Paulo, muitos imóveis anunciados recentemente acabam não sendo vendidos logo de cara e entram para o chamado “estoque”.
Essas unidades, que permanecem disponíveis após o lançamento, acabam sendo vendidas nos meses seguintes de acordo com a demanda do mercado.
Uma pesquisa da consultoria Brain mostrou quais são os bairros com maior número de imóveis em estoque na capital paulista neste mês de junho.
No topo do ranking está a Vila Mariana, na zona sul, com 3.240 unidades disponíveis e um valor médio de R$ 17.841 por m². Apesar dos altos preços, a boa localização chama a atenção de um público com maior poder aquisitivo, mas a grande quantidade de lançamentos está acumulando.
Em seguida vem a Mooca, na zona leste, com 2.254 unidades em estoque e preço médio de R$ 10.817/m². O bairro se destacou como o que mais recebeu novas moradias em 2024, mais voltadas para famílias de baixa renda. Nos dois primeiros meses de 2025, mais de 1,5 mil unidades foram lançadas.
Na terceira posição está Santo Amaro, também na zona sul, com 1.997 imóveis ainda à venda e um preço médio de R$ 14.958/m².
Completam o top 5 os bairros de Água Branca, com 1.849 unidades e R$ 13.008/m², e Pinheiros, com 1.844 imóveis e o maior preço por m² da lista: R$ 27.207.
De acordo com especialistas, a existência de estoque nem sempre é um sinal de crise. Muitos imóveis continuam à venda por pouco tempo, principalmente os que se enquadram no programa Minha Casa, Minha Vida, com foco em famílias de baixa e média renda e imóveis de até R$ 500 mil.
Outros fatores que influenciam incluem o tempo para os compradores tomarem decisões, aprovação do financiamento e concorrência.
Também é comum que algumas unidades só sejam vendidas após a entrega do prédio, quando o morador pode visitar o apartamento decorado já finalizado.
Dados do Secovi-SP mostram que, apesar do estoque elevado, o mercado segue rodando. A velocidade de vendas dos imóveis novos em São Paulo foi de 14,4% em março e 61,8% nos últimos 12 meses.
Classificação Indicativa: Livre