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Companhias aéreas testam assentos inusitados para 2026; veja detalhes

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Buscando oferecer mais economia, companhias aéreas testam os assentos Skyrider 2.0; proposta se baseia em substituir parte das poltronas tradicionais  |   BNews SP - Divulgação Foto: Unsplash
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 19/09/2025, às 09h46



Há muitos anos, companhias aéreas têm revelado as ideias mais diferentes quando o assunto é economia. A justificativa? Reduzir despesas para oferecer passagens mais acessíveis.

Essa busca por cortar cada vez mais gastos costuma vir acompanhada da perda de conforto para os passageiros. Um exemplo que já circulou foi o projeto de instalar assentos em dois níveis dentro da cabine, aumentando a lotação sem a devida adaptação do tamanho da aeronave.

Passageiros quase em pé

Outro conceito ainda mais extremo voltou a chamar atenção: permitir que pessoas façam o trajeto praticamente em pé.

O assunto, que ressurgiu em veículos internacionais como o Daily Mail, fez com que muita gente debatesse sobre até onde companhias aéreas estariam dispostas a ir para cortar custos.

As especulações indicam que empresas menores, que operam voos de curta distância dentro da Europa, por exemplo, estariam estudando a adoção da ideia.

O tema não é tão novo assim. Michael O’Leary, CEO da Ryanair, uma das maiores companhias de baixo custo, já defendia que passageiros poderiam viajar nesse tipo de assento há mais de dez anos.

Para ele, essa seria uma solução lógica para tornar o transporte aéreo mais acessível num geral.

Assentos de avião
Foto: Divulgação/Aviointeriors

O que é o Skyrider 2.0

A nova proposta se baseia em substituir parte das poltronas tradicionais da classe econômica por assentos conhecidos como Skyrider 2.0, desenvolvidos em 2018 pela fabricante italiana Aviointeriors.

O design lembra um banco de bicicleta, no qual o passageiro permanece quase ereto durante todo o voo. Segundo a empresa, esse modelo poderia aumentar em até 20% a capacidade de cada avião.

Além da vantagem de encaixar mais pessoas por voo, esses assentos são mais leves que as poltronas convencionais. Na prática, isso também ajudaria a diminuir o consumo de combustível, um dos maiores gastos das companhias.

Para os criadores do projeto, os novos assentos seriam úteis em rotas curtas de até duas horas. O argumento é que, em percursos menores, o desconforto seria “tolerável”.

Críticas e preocupações

Do outro lado, as críticas crescem. Internautas e especialistas em aviação reclamam do possível desconforto e dos impactos à saúde, já que ficar praticamente em pé por muito tempo pode causar problemas físicos.

Além disso, há uma certa preocupação com a segurança em casos de turbulência ou em emergências que exigem evacuação rápida.

Muitas pessoas também lembram que, ao longo do tempo, medidas que prometem diminuir o preço das passagens quase nunca resultam em vantagens para o cliente. Na maioria das vezes, os passageiros só perdem em conforto e qualidade do serviço.

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