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O Governo Federal anunciou novas regras para o crédito imobiliário brasileiro, gerando grande expectativa no mercado, segundo o jornal O Tempo.
O novo modelo pretende ampliar a oferta de financiamentos habitacionais, principalmente para a classe média, ao remanejar o uso dos recursos da poupança e aumentar os limites de utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
A alteração impede que os depósitos em caderneta de poupança tenham uma parte retida obrigatoriamente pelo Banco Central.
O valor total dessas contas passará a ser utilizado pelos bancos como base para expandir a oferta de crédito imobiliário, ampliando a base do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
Além disso, o valor máximo dos imóveis financiáveis pelo SFH foi aumentado pelo Governo Federal, passando de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.
Com as novas regras, estima-se que cerca de 80 mil novas moradias sejam financiadas pela Caixa Econômica Federal até 2026. O banco já está trabalhando com o novo modelo, que entrou em vigor na segunda-feira (13).
Quem tem renda familiar de até R$ 12 mil, atualmente tem condições facilitadas para comprar um imóvel de habitação popular pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
Com as mudanças, a população nessa faixa de renda poderá financiar imóveis de até R$ 2,25 milhões com os recursos do FGTS.
Segundo o governo, o novo modelo de uso do FGTS para adquirir um imóvel moderniza o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e aumenta a competitividade, permitindo que outras instituições concedam financiamentos imobiliários semelhantes.
A implementação ocorrerá de forma progressiva, começando este ano e com plena vigência a partir de janeiro de 2027. No período de adaptação, o percentual dos depósitos compulsórios será reduzido de 20% para 15%, e uma parcela de 5% vai integrar o novo modelo.
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