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Os trabalhadores brasileiros podem estar prestes a sentir um alívio no bolso. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, na última quarta-feira (5), o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
A proposta representa uma das maiores reformulações recentes na tabela do imposto de renda e promete aumentar o poder de compra de milhões de pessoas.
De acordo com um levantamento do escritório de contabilidade Confirp e conforme citado pelo site Itatiaia, o novo limite de isenção pode gerar uma economia mensal de até R$ 312,89 — o equivalente a R$ 4.067,57 por ano — considerando também o desconto no décimo terceiro salário.
Atualmente, estão isentos do pagamento do imposto os trabalhadores com renda de até R$ 3.036, valor correspondente a dois salários-mínimos.
Com a atualização, o governo estima que mais de 26,6 milhões de contribuintes, cerca de 65% dos declarantes, fiquem livres da cobrança do imposto de renda.
A proposta ainda precisa ser aprovada pelo plenário do Senado para começar a valer em 2026. O texto também prevê uma redução gradual nas alíquotas para quem recebe até R$ 7.350, enquanto contribuintes com rendimentos acima desse valor não devem ter mudanças imediatas.
O impacto da medida nas contas públicas é estimado em R$ 25,6 bilhões. Para compensar a perda de arrecadação, o projeto propõe a criação de uma alíquota progressiva de 10% sobre rendimentos superiores a R$ 50 mil mensais, que deve atingir cerca de 141 mil contribuintes.
Com o novo modelo, o governo busca equilibrar as contas sem penalizar as faixas mais baixas de renda e, ao mesmo tempo, estimular o consumo em um cenário de desaceleração econômica no Brasil.
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