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Preço de alimento essencial despenca nos mercados e surpreende brasileiros

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Especialistas apontam que mudanças globais e políticas tarifárias recentes estão influenciando a queda no preço desse produto nos mercados  |   BNews SP - Divulgação Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 22/08/2025, às 13h32



Em Fortaleza (CE), o preço do café finalmente apresentou queda em julho depois de um expressivo período de alta no último ano.

A redução está ligada à super safra nacional, além da previsão de tarifas de 50% impostas por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), houve uma redução de 2,25% no valor do café entre junho e julho, passando de R$ 22,24 para R$ 21,74 no pacote de 300 gramas.

Queda também em outras capitais

A redução não aconteceu apenas na capital cearense. Em Belo Horizonte (BH), por exemplo, os preços diminuíram 8,17% no mesmo período.

O movimento revela um melhor cenário nacional, já que o café é o alimento mais consumido pelos brasileiros, segundo o estudo Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta um consumo médio de 215,1 gramas por pessoa.

Café
Foto: Freepik

Tarifas pressionam o mercado

A safra, junto com a expectativa da política tarifária dos EUA, colocou pressão em cima dos preços internacionais e, consequentemente, dos valores locais. A combinação resultou na queda.

Especialistas apontam que os efeitos das tarifas ainda não foram totalmente absorvidos pelo mercado interno; assim, novos desdobramentos podem chegar nos próximos meses.

Até recentemente, o mercado de café vinha registrando aumentos por conta do crescimento da demanda externa e da valorização do dólar, que favoreceu as exportações e diminuiu a oferta nacional.

Por outro lado, a colheita iniciada entre maio e junho aumentou a disponibilidade de grãos no Brasil, fazendo com que os preços caíssem.

Ainda de acordo com o Dieese, o movimento de retração pode se intensificar, dependendo da evolução da demanda global e das decisões sobre tarifas.

Especialistas destacam que os preços podem cair enquanto a oferta superar o consumo. A recuperação, enfim, dependerá de fatores como condições climáticas e a reação do mercado internacional com a política estadunidense.

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