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Caso Fernanda Bonin: veja o que foi encontrado no carro da professora assassinada

Foto: Reprodução/Câmera de segurança
Veículo da professora foi localizado dias após o corpo ser achado em área de mata  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Câmera de segurança
Isabela Fernandes

por Isabela Fernandes

Publicado em 06/05/2025, às 08h00



A Polícia Civil de São Paulo segue investigando a morte da professora Fernanda Bonin, de 42 anos, encontrada morta em uma área de mata na zona sul de São Paulo, no dia 28 de abril.

Na manhã seguinte ao desaparecimento, o corpo foi encontrado pela Polícia Militar, mas seu carro e um celular não foram encontrados até quase uma semana depois. 

O corpo estava em um terreno baldio próximo ao Autódromo de Interlagos, com sinais de estrangulamento e um cadarço enrolado no pescoço. 

De acordo com a investigação, a professora havia desaparecido no dia anterior, após sair de seu apartamento na zona oeste de São Paulo. Imagens de segurança mostram a professora deixando o prédio sozinha por volta das 18h50, dirigindo seu carro, um Hyundai Tucson prata.

Ela havia sido chamada pela ex-companheira, Fernanda Fazio, para ajudar com problemas mecânicos no carro dela, mas, segundo a polícia, a vítima nunca chegou ao local combinado e não retornou para casa, nem compareceu ao trabalho no dia seguinte.

Na manhã seguinte ao desaparecimento, o corpo foi encontrado pela Polícia Militar, mas seu carro e um celular não foram encontrados até quase uma semana depois. 

Objetos apreendidos 

No sábado (3), quase uma semana após o desaparecimento, o carro da vítima foi encontrado a poucos quarteirões de onde o corpo foi localizado. Dentro do veículo, a polícia apreendeu:

  • Uma faca, que pode ter sido usada no crime (será periciada);
  • Um celular sem chip, com jogos instalados. A polícia suspeita que pertença ao filho da professora.

As análises desses objetos podem ajudar a esclarecer as circunstâncias do crime e se houve participação de terceiros.

Ex-companheira é ouvida como testemunha

A ex-esposa da vítima, Fernanda Fazio, mãe dos dois filhos da professora, já prestou dois depoimentos sobre os eventos do dia do desaparecimento. Ela não é considerada suspeita, mas teve o celular e o carro apreendidos para perícia.

Segundo Fazio, no dia do desaparecimento, ela teria ligado para Bonin pedindo ajuda porque seu carro havia parado na Avenida Jaguaré. Ela afirmou que após o carro da ex-companheira ter voltado a funcionar, ela teria ido até a casa de Fernanda, mas não a encontrou, e Fernanda Bonin nunca chegou à rua onde encontraria Fazio.

A professora também não foi trabalhar na manhã seguinte, o que gerou o alerta do desaparecimento.

Homicídio ou latrocínio?

A polícia trabalha com duas hipóteses principais:

  • Homicídio, com motivação pessoal ou passional;
  • Latrocínio, já que o carro e o celular de Fernanda haviam desaparecido.

Perfil criminal pode ajudar a identificar suspeito

O Departamento de Homicídios (DHPP) acionou uma equipe de perfilamento criminal, formada por especialistas como psicólogos, peritos e investigadores. Esse grupo utiliza técnicas de análise comportamental para traçar o perfil tanto da vítima quanto do possível autor do crime.

Essa abordagem pode ajudar a entender motivações ocultas, padrões de comportamento e até a possível relação entre a vítima e o criminoso.

A Polícia Civil também analisa gravações que mostram um casal saindo do carro da professora no dia do desaparecimento. Até agora, os dois não foram identificados. As imagens podem ser cruciais para avançar na investigação.

A investigação está em andamento, e a polícia tenta esclarecer os fatos que levaram à morte de Fernanda Bonin, que era professora de matemática em uma escola particular de São Paulo.

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