Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 12/12/2025, às 17h52
Situada em uma das regiões mais valorizadas de São Paulo, a mansão onde Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados segue vazia desde 2002.
Mesmo após receber nova pintura e algumas reformas externas, o imóvel nunca voltou a ter moradores.
Com o tempo, acabou virando um tipo de atração para fãs de true crime. Diariamente, carros estacionam na Rua Zacarias de Góis, no Campo Belo, e grupos descem para tirar fotos e gravar vídeos da casa.
A movimentação constante de curiosos já faz parte do cotidiano da vizinhança, que convive com outra preocupação: o abandono da residência.
Ao jornal O Globo, Maria Emília de Médicis, de 56 anos, que mora ao lado do imóvel, relata receio de que a piscina interna, hoje com água parada, vire um foco de dengue.
Segundo a vizinha, o problema se tornou pauta frequente das reuniões da Associação de Moradores do Campo Belo.
Na discussão mais recente, o grupo decidiu buscar o proprietário para exigir medidas concretas, já que invasões, furtos de objetos e a fama indesejada se intensificaram ao longo dos anos.
A preocupação não é exagero. O casarão ocupa um terreno de 1.000 m² e conta com cerca de 500 m² de área construída.
Na época do crime, era uma residência cheia de repartições, com salas estreitas, mezanino, escritório, três suítes e uma piscina revestida de azulejos azuis, contornada por pedras de São Tomé. Hoje, tudo mudou.
A reforminha feita anos atrás não impediu a degradação. Maçanetas, campainha, caixa de correio e outros acabamentos externos desapareceram, já que foram saqueados ao longo do tempo.
O mato invade corredores, pisos e cantos da estrutura. Sem circulação e sem uso, a casa permanece totalmente abandonada, alimentando o medo de invasões e fugindo do padrão valorizado do bairro.
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