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Como o caso Eloá Pimentel levou à prisão do pai dela em Alagoas? Entenda

Imagem Como o caso Eloá Pimentel levou à prisão do pai dela em Alagoas? Entenda
Everaldo Pereira dos Santos, pai da jovem morta por Lindemberg Alves, foi reconhecido em reportagem sobre o crime e acabou preso por assassinato  |   BNews SP - Divulgação
Ana Caroline Alves

por Ana Caroline Alves

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Publicado em 11/11/2025, às 17h30



O caso Eloá Pimentel, um dos crimes mais marcantes do país, continua trazendo novas descobertas até hoje. Em 2008, a jovem de 15 anos foi assassinada pelo ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves, após mais de 100 horas de cárcere privado transmitidas ao vivo pela TV.

Mas o que poucos lembram é que a repercussão do crime também levou à prisão de seu pai, Everaldo Pereira dos Santos, um matador de aluguel procurado pela polícia de Alagoas há quase duas décadas.

O sequestro que parou o Brasil

Em 13 de outubro de 2008, Lindemberg, então com 22 anos, invadiu o apartamento da ex-namorada, Eloá, em Santo André (SP), e manteve ela e a amiga Nayara Rodrigues reféns por mais de quatro dias.

A operação policial terminou em tragédia: Eloá foi atingida por dois tiros e morreu no hospital, enquanto Nayara sobreviveu com ferimentos no rosto. O crime gerou uma grande comoção nacional e críticas à condução das negociações, transmitidas por diversos canais de televisão. 

Lindemberg acabou condenado a 98 anos e 10 meses de prisão, pena posteriormente reduzida para 39 anos e três meses. Hoje, ele cumpre pena em Tremembé (SP), presídio que inspirou a série do Prime Video.

O reconhecimento do pai

Durante a cobertura da tragédia, uma cena exibida pela imprensa mostrou Everaldo Pereira dos Santos, pai de Eloá, passando mal e recebendo atendimento médico. 

A imagem chamou atenção da Polícia Civil de Alagoas, que reconheceu Aldo José da Silva, nome falso usado por um dos integrantes da Gangue Fardada, grupo de extermínio responsável por execuções nos anos 1990.

A partir desse reconhecimento, Everaldo foi preso em dezembro de 2009, em Maceió, acusado do assassinato do delegado Ricardo Lessa e do motorista dele, em 1991. Condenado, cumpriu pena em regime fechado até 2014, quando passou ao semiaberto.

Segundo seu advogado, Thiago Pinheiro, Everaldo “vive tranquilo, com a família em São Paulo, e aguarda o fim da pena”, de acordo com informações do Metrópoles.

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