Polícia

Empresário morto em Interlagos: seguranças com celulares apagados complicam caso

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Empresário desapareceu após evento no Autódromo de Interlagos e foi encontrado morto poucos dias depois; dois suspeitos seguem na mira da polícia  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes sociais e TV Globo
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 20/07/2025, às 11h50



A Polícia Civil de São Paulo tem novas pistas na investigação da morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, encontrado morto em um buraco no Autódromo de Interlagos.

O caso levanta suspeitas sobre uma equipe de segurança que trabalhou no local no dia do crime.

Celulares apagados e nomes omitidos

Durante coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira (18), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que os celulares apreendidos com os seguranças da empresa responsável pela vigilância chegaram totalmente apagados. Para as autoridades, isso pode ter sido uma tentativa de ocultar provas importantes para a investigação.

Outro ponto que chamou a atenção da polícia foi a omissão de dois nomes na lista oficial enviada pela empresa de segurança no dia do evento. Os dois profissionais que não apareceram na escala ocupavam cargos na equipe.

Um deles tem passagens pela polícia por furto, associação criminosa, ameaça e lesão corporal; além disso, ele também é lutador de jiu-jitsu.

De acordo com o delegado Osvaldo Nico, o comportamento do homem após o crime aguçou ainda mais as suspeitas. “Estranhamente, o segurança lutador de artes marciais não voltou para trabalhar no dia seguinte”, afirmou ele.

Esse mesmo “segurança” chegou a ser preso por porte ilegal de arma, mas foi liberado após o pagamento de fiança.

Investigações em andamento

Durante a operação do DHPP, celulares e notebooks foram apreendidos para perícia. O objetivo é descobrir o motivo de esses nomes terem sido omitidos da documentação oficial e se existe ligação dos suspeitos com a morte de Adalberto.

O delegado evitou conclusões precipitadas. “A gente não consegue apontar essa autoria, até seria leviano. Com certeza, alguma coisa eles têm pra falar. Tanto que os celulares estão periciados”, destacou ele.

Relembre o caso

No último dia 3 de junho, Adalberto, aos 35 anos, foi encontrado morto dentro de um buraco de obra no Autódromo de Interlagos. Ele estava desaparecido desde a noite do dia 30 de maio após participar de um evento de motociclismo no local.

O corpo da vítima foi localizado em uma escavação com cerca de três metros de profundidade e 80 centímetros de diâmetro dentro de uma área que recebe obras no local.

O Instituto Médico Legal (IML) realizou exames no corpo e não foram encontradas fraturas nem sinais evidentes de violência física. Adalberto teria morrido asfixiado.

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