Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 18/08/2025, às 18h37
A Justiça de São Paulo condenou à prisão o torcedor Osni Fernando Luiz, conhecido como “Cicatriz”, por ter levado e jogado uma cabeça de porco na Neo Química Arena em novembro de 2024.
O episódio aconteceu durante um jogo do Corinthians contra o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro. O animal faz referência a um dos mascotes do time rival.
Osni foi sentenciado a um ano de prisão em regime semiaberto (o condenado dorme na prisão). Ele foi considerado culpado por “crime contra a paz no esporte”.
Outros dois acusados no caso, suspeitos de terem arremessado a cabeça de porco em campo, foram absolvidos por falta de provas.
Nas imagens registradas por câmeras de segurança, aparecem duas pessoas, uma de gorro e outra de moletom com capuz, mas não foi possível identificá-las.
Antes do jogo, Osni chegou a postar um vídeo mostrando a cabeça do animal, afirmando que os seguidores “veriam depois o que aconteceria”.
Em depoimento à Justiça, ele negou participação no ato, alegando não se lembrar da gravação, além de ter dito que havia comprado a peça em um mercado para churrasco. O juiz Fabricio Reali Zia rejeitou a versão apresentada pelo réu, segundo apuração do g1.
Além da prisão, a decisão determinou a exclusão dos perfis de Osni nas redes sociais e a apreensão de sua moto. A medida foi tomada como uma forma de prevenir novos atos de violência.
O episódio também teve desdobramentos fora de campo. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) multou o Corinthians pelo arremesso da cabeça de porco no gramado.
Na época, a foto do animal morto havia sido divulgada em uma rede social com o apelido usado por Osni, “Cicatriz”.
Yuri Alberto sobre a cabeça de porco jogada no gramado da Neo Química Arena.
— LIBERTA DEPRE (@liberta___depre) November 5, 2024
"Eu quase quebrei o pé. Eu pensei que era uma almofada ou alguma outra coisa."
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