Polícia

Mistério em Interlagos: o que a polícia ainda não sabe sobre a morte do empresário?

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Manchas de sangue no carro e falta de imagens da saída do estacionamento são alguns dos pontos que intriga a polícia  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes sociais e TV Globo
Isabela Fernandes

por Isabela Fernandes

Publicado em 10/06/2025, às 11h37



A Polícia Civil de São Paulo segue investigando a morte do empresário Adalberto Amarílio Júnior, de 36 anos, encontrado morto dentro de um buraco em uma área em obras no Autódromo de Interlagos, na terça-feira (3).

As autoridades trabalham com a hipótese de crime, mas ainda precisam solucionar as circunstâncias de sua morte, que ainda levanta dúvidas.

O corpo foi localizado em uma área restrita, cercada por tapumes, em pé, sem calças e sem tênis. O capacete e o celular de Adalberto estavam próximos. A única coisa levada foi a câmera de seu capacete.

Não há imagens dele deixando o estacionamento para buscar seu carro, o que teria acontecido após às 19h48. Essa foi a hora da última mensagem de Adalberto para sua esposa, que respondeu às 21h12, sem que a mensagem fosse entregue, indicando que o celular do empresário já estava desligado.

Um amigo de Adalberto, Rafael, que estava com ele no evento, relatou à polícia que o empresário consumiu cerveja e maconha antes de se despedirem, o que o deixou "mais agitado que o normal".

Segundo Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de SP, a hipótese mais provável é que Adalberto tenha sido colocado no buraco enquanto estava desacordado, mas ainda com vida. 

Os exames do Instituto Médico Legal (IML) não revelaram fraturas ou sinais de trauma em seu corpo. A causa da morte foi determinada como compressão torácica, sugerindo que o empresário pode ter morrido por asfixia devido à falta de espaço para respirar.

No último sábado (7), a Polícia Civil de São Paulo encontrou manchas de sangue no carro de Adalberto, o que pode ser um elemento crucial para desvendar o mistério que envolve a morte do empresário. 

Ainda não se sabe de quem é o sangue encontrado no carro, assim como ainda não há respostas para o que aconteceu com Adalberto após se despedir do amigo. O que teria acontecido com suas roupas? Qual a motivação do crime? Ele teria sido dopado?

Estão sendo feitos exames toxicológicos, anatomopatológicos e subungueais, que serve para analisar se há resíduos, como pele ou sangue, sob as unhas da vítima, o que pode indicar luta corporal. Os resultados ainda não têm prazo para serem concluídos.

A Polícia Civil continua investigando o caso e aguarda os laudos periciais para entender o que pode ter acontecido com o empresário naquela noite.

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