Novo tipo de radar? Equipamento em carro chama atenção em rodovia de São Paulo

Nas redes sociais, um vídeo tem chamado atenção ao mostrar uma suposta nova forma de aplicar multas a motoristas que circulam pela rodovia Raposo Tavares, em São Paulo.

A gravação mostra uma estrutura instalada na caçamba de uma picape: uma caixa que abriga uma câmera para registrar infrações. Durante a narração, é mencionado que até mesmo um motociclista teria coberto a placa do veículo na tentativa de evitar uma multa.

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Apesar disso, a preocupação não leva a nada. O equipamento em questão não é um radar, mas sim um retrorrefletômetro, dispositivo utilizado em serviços de manutenção e sinalização viária.

Como funciona?

Os retrorrefletômetros são instrumentos utilizados para medir a capacidade de reflexão luminosa de uma superfície, informação essencial para verificar se as faixas pintadas no asfalto permanecem visíveis à noite ou durante más condições climáticas.

Os retrorrefletômetros mais modernos contam com uma tela que exibe os dados coletados em tempo real; isso permite que o trabalho seja feito por uma única pessoa, que dirige enquanto acompanha as informações.

O sistema também analisa as condições das tachas refletivas (popularmente conhecidas como “olhos de gato”). O GPS exibe os dados em mapas, indicando exatamente os trechos que precisam de manutenção.

Esse serviço é realizado pela Crasvia Engenharia, empresa sediada em Lins (SP), que presta serviços à concessionária Ecovias na Raposo Tavares e na Castello Branco. Além delas, a companhia atende nove outras concessionárias, atuando em 31 rodovias espalhadas pelo país.

O conselho para o condutor é manter velocidade constante, “já que na arrancada o veículo levanta a frente, mudando o ângulo da luz emitida”, diz a Easylux, que também produz retrorrefletômetros em São Paulo.

A nova tecnologia emprega câmeras frontais que podem ser acopladas a qualquer tipo de veículo. A ferramenta grava a sinalização em tempo real e fornece análises qualitativas que revelam como um carro autônomo “enxerga” as marcações presentes nas vias.