Polícia
A Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal, iniciou nesta quinta-feira (28) a Operação Quasar, voltada ao combate à atuação de organizações criminosas, especialmente o PCC, dentro da cadeia produtiva de combustíveis.
O objetivo principal é desarticular esquemas complexos de lavagem de dinheiro, que envolvem recursos bilionários e conexão direta com facções criminosas. Os mandados estão sendo cumpridos na Avenida Faria Lima, um dos principais polos comerciais do país, localizado em São Paulo.
“A operação mira diretamente a gestão fraudulenta de fundos e a ocultação de patrimônio de origem ilícita,” afirmou a PF para a CNN.
Segundo as autoridades, a quadrilha operava por meio de camadas complexas de empresas e fundos de investimento, dificultando a identificação dos beneficiários finais. A teia financeira permitia ocultar a origem dos recursos e proteger o patrimônio de investigação judicial.
Entre as práticas utilizadas estavam transações fictícias de compra e venda de ativos, como imóveis e títulos, entre empresas do mesmo grupo, sem finalidade econômica legítima. O método visava criar a aparência de legalidade sobre movimentações fraudulentas.
Apesar do mesmo foco no combate ao crime organizado, a Operação Quasar não possui ligação com outra ação deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) nesta quinta-feira.
A Justiça Federal autorizou 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto. Também foi determinado o bloqueio de bens e fundos de investimento, no valor aproximado de R$ 1,2 bilhão, referentes a autuações fiscais já realizadas.
Além disso, houve o afastamento dos sigilos bancário e fiscal de pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema, visando facilitar o rastreamento dos recursos ilícitos e a responsabilização criminal dos envolvidos.
“A operação demonstra a atuação coordenada do Estado para enfrentar crimes complexos e proteger a economia nacional,” ressaltou a PF.
Os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, da Fazenda, Fernando Haddad, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, realizarão uma coletiva de imprensa na manhã de hoje para detalhar os resultados e próximos passos da operação.
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