Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 16/06/2025, às 18h34
Os bebês reborn ganharam fama recentemente, mas usar bonecos que imitam humanos no trânsito também não é novidade.
Em São Paulo, o artista plástico Roberto “Juca” Amaral criou o Wilson, um boneco inflável com aparência de homem de meia-idade, pensado para motoristas (principalmente mulheres) que buscam mais tranquilidade e segurança dentro do carro quando estão sozinhos.
“Uma coisa que as pessoas não entendem é que, mesmo que ele não seja um segurança e não vá fazer nada, o Wilson traz uma confiança. Várias mulheres me relatam que elas não ficam naquela ansiedade”, disse Juca ao UOL.
Wilson é inflado por uma bomba elétrica ligada na tomada 12 V do carro. Assim, o motorista pode encher o “passageiro” na hora em que se sentir inseguro. Cada unidade é vendida por R$ 690; na promoção, pode ser encontrada por R$ 450.
Além do público feminino, Juca diz que pais compram o boneco para filhos que voltam da faculdade e que há motoristas de frete que também usam o “passageiro reborn” para ter mais tranquilidade em viagens longas e mais arriscadas.
Por outro lado, usar bonecos para passar a perna nas leis de trânsito também é comum, principalmente para burlar o rodízio em São Paulo ou usar as faixas exclusivas de ônibus.
Nesse caso, a infração é gravíssima: gera multa, sete pontos na carteira e pode ser enquadrado no artigo 184, inciso III, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Além disso, se estiver sem cinto de segurança, o “passageiro reborn” pode gerar cinco pontos na carteira de motorista caso as autoridades confundam o boneco com um ser humano.
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