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Perseguição por ciúmes deixa dois jovens mortos na zona sul de São Paulo

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Mulher de 21 anos é presa após atingir moto do namorado e de uma amiga; polícia investiga atropelamento intencional  |   BNews SP - Divulgação Foto: Arquivo pessoal
Érica Sena

por Érica Sena

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Publicado em 29/12/2025, às 12h47



Uma perseguição motivada por ciúmes terminou em tragédia na madrugada deste domingo, no bairro do Campo Limpo, zona sul de São Paulo. Uma mulher de 21 anos foi presa em flagrante suspeita de atropelar intencionalmente o namorado e uma amiga dele, que estavam em uma motocicleta. As duas vítimas morreram no local.

Segundo informações da Polícia Civil, Geovanna Proque da Silva teria perseguido a moto conduzida por Raphael Canuto Costa, de 21 anos, que levava na garupa Joyce Corrêa da Silva, de 19.

O atropelamento ocorreu por volta das 3h, na rua Professor Leitão da Cunha, após uma discussão entre o casal, como citado pelo site UOL.

Briga antecedeu perseguição

De acordo com depoimentos colhidos pela polícia, a suspeita teria se desentendido com o namorado por ciúmes durante um churrasco, onde havia outras mulheres. Após a discussão, Raphael saiu do local e foi visto dando carona a Joyce em uma adega da região, o que teria intensificado o conflito.

Foto: Divulgação

Um amigo do jovem relatou às autoridades que Raphael costumava passar pela adega nos fins de semana para chamar amigos e dar voltas curtas de moto pelo quarteirão. Ao ver a cena, Geovanna teria iniciado a perseguição em alta velocidade.

Impacto violento e vítimas

A perseguição durou cerca de 500 metros até o carro atingir a motocicleta. Com o impacto, a moto foi arremessada a aproximadamente 30 metros, atingindo outros veículos que estavam estacionados na via. Raphael e Joyce ficaram presos às ferragens do automóvel e tiveram a morte constatada ainda no local por equipes do Samu.

Um pedestre que passava pela rua também foi atingido durante o acidente. Ele sofreu um corte na cabeça, foi socorrido e encaminhado a um hospital da região, mas recebeu alta após atendimento médico.

Prisão e investigação

Após o atropelamento, a suspeita deixou o local, mas foi encontrada pouco depois pela polícia, passando mal. Ela foi presa em flagrante e levada a um hospital, onde recebeu atendimento por cortes superficiais no pescoço e nos pulsos.

Segundo o boletim de ocorrência, Geovanna aparentava sonolência e afirmou aos policiais militares que havia ingerido antidepressivos antes do crime. O caso foi registrado como homicídio e segue sob investigação da Polícia Civil, que apura se o atropelamento foi, de fato, intencional.

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