Polícia considera nova linha de investigação sobre morte de empresário em Interlagos

A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte do empresário Adalberto Amarilio Junior, encontrado morto dentro de um buraco em uma área de obras no Autódromo de Interlagos, na terça-feira (3). Ele estava desaparecido desde o final de maio, após participar de um evento de motocicletas no local.

Segundo apurações da TV Globo, uma das principais hipóteses é a de que Adalberto possa ter sido imobilizado por um segurança durante um possível desentendimento. Investigadores trabalham com a possibilidade de que ele tenha sofrido um golpe conhecido como “mata-leão”, o que pode ter causado sua morte. 

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Pelo menos cinco dos aproximadamente cem seguranças contratados para o evento prestaram depoimento à polícia.

O empresário foi visto pela última vez no dia 30 de maio, após se despedir de um amigo e enviar uma mensagem para a esposa avisando que iria para casa jantar. Ele teria seguido em direção ao estacionamento do Kartódromo de Interlagos, onde seu carro foi posteriormente localizado.

Durante as investigações, a polícia encontrou marcas de sangue em quatro pontos dentro do veículo, o que levantou a suspeita de que Adalberto possa ter sido drogado ou agredido dentro do carro. Essa linha de investigação inclui a possibilidade de um golpe conhecido como “boa noite, Cinderela”.

O local onde o corpo foi achado, um buraco com cerca de três metros de profundidade, é de acesso restrito, cercado por tapumes, o que indica que a pessoa que escondeu o corpo conhecia bem a área. A vítima foi encontrada sem calça e sem os tênis, o que também está sendo analisado pelos peritos.

Para esclarecer os últimos passos do empresário, os investigadores estão utilizando tecnologia de reconstituição 3D, com base em depoimentos de testemunhas e organizadores do evento. O mapeamento busca traçar a possível rota de Adalberto desde sua saída do evento até o ponto onde foi encontrado morto.

A polícia também aguarda um novo depoimento de Rafael, amigo que acompanhou Adalberto no evento e foi uma das últimas pessoas a vê-lo com vida. A reconstituição dos fatos, somada à análise de câmeras de segurança e perícias técnicas, será essencial para desvendar o que aconteceu naquela noite.