Polícia

Saiba quem é ‘Lúcifer’, ex-aliado do PCC que diz ter matado 48 presos

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Preso desde 1995, ‘Lúcifer’ fundou facção marcada por execuções violentas e afirma ter matado 48 detentos nas cadeias de São Paulo  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes sociais
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 29/05/2025, às 17h54



Conhecido como “Lúcifer”, Marcos Paulo da Silva, de 48 anos, está preso desde 1995 e afirma ter matado 48 detentos dentro dos presídios de São Paulo. A maioria dos crimes foi confirmada por autoridades.

Condenado a 217 anos de prisão, ele é considerado um dos detentos mais temidos do estado e também é conhecido como “o nome da morte”.

Diagnosticado com psicose e transtorno de personalidade, Silva confessou os assassinatos à Justiça. De acordo com a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (SAP), a longa condenação é resultado de todos os crimes realizados no sistema prisional, como homicídios e danos ao patrimônio.

Criação de facção

Marcos é apontado como fundador da Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho, organização criminosa criada em 2013 e conhecida pelas execuções violentas de rivais, incluindo decapitação e mutilação.

Após os assassinatos, membros escrevem o nome da facção nas paredes com o sangue das vítimas. O lema do grupo é “lealdade, justiça, guerra e morte”. O objetivo: “esmagar com mãos fortes os tiranos que usam de suas forças para oprimir os mais fracos, sobretudo PCC, TCC, ADA e SS”.

Histórico na prisão

O criminoso chegou tatuar no corpo demônios, tridentes, caveiras e uma suástica, símbolo do nazismo. Também leva consigo a frase que originou seu apelido: “Lúcifer, meu protetor”.

Aos 19 anos, ele já era aliado do Primeiro Comando da Capital (PCC), mas acabou deixando a facção em 2008 por considerar que o grupo “passou a visar apenas o capitalismo”. Assim, virou rival declarado de Marcola, líder da organização criminosa.

Pelos crimes cometidos, Marcos precisou ser transferido para presídios federais em Porto Velho (RO), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR), mas retornou ao sistema prisional de São Paulo em 2018.

“Lúcifer” tem um histórico de automutilação e, segundo psicólogos, o criminoso precisaria ser tratado por uma equipe multidisciplinar especializada, mas esse tipo de estrutura ainda não chegou nas unidades federais.

Classificação Indicativa: Livre

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