Polícia

STF autoriza transferência de Ronnie Lessa de Tremembé para presídio em Brasília

Foto: Reprodução/TV Globo.
Assassino confesso de Marielle Franco, Ronnie Lessa volta ao sistema prisional federal após avaliação de risco e decisão do STF  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/TV Globo.
Bianca Novais

por Bianca Novais

[email protected]

Publicado em 23/11/2025, às 17h01



Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi transferido da Penitenciária I de Tremembé, no interior de São Paulo, para a Penitenciária IV do Distrito Federal, em Brasília, na manhã deste sábado (22).

Segundo o Metrópoles, a informação foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). O preso foi entregue à Polícia Federal no aeroporto de São José dos Campos por volta das 11h, após determinação assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ronnie Lessa é réu confesso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018. Foto: Reprodução/Instagram @marielle_franco.
Ronnie Lessa é réu confesso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 2018. Foto: Reprodução/Instagram @marielle_franco.

Por que Ronnie Lessa foi transferido de presídio?

A transferência ocorre depois de a SAP alegar que a unidade de Tremembé não possui estrutura adequada para monitoramento integral, que é uma das exigências da condenação de Lessa.

A pasta entendeu que o Complexo Penitenciário de Tremembé, apesar de receber condenados de grande repercussão, não é de segurança máxima.

O miliciano havia sido enviado ao interior de São Paulo em junho, como parte de um acordo que previa aproximação da família dele, embora o documento não determinasse a unidade exata para onde ele deveria ser levado.

Histórico de prisões e negociação de delação premiada

Preso desde 2019, Lessa ficou a maior parte do tempo no sistema federal de segurança máxima, após passagens por Mossoró (RN), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS).

Em 2023, ele negociou delação premiada com a Polícia Federal, comprometendo-se a confessar o assassinato de Marielle, detalhar o planejamento do crime e apontar os mandantes.

O governo Tarcísio de Freitas foi contrário à permanência de Lessa em São Paulo.

Além disso, no dia da transferência para Tremembé, o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo denunciou um suposto “salve” do Primeiro Comando da Capital (PCC) para matá-lo. O risco reforçou a avaliação de que o preso deveria retornar ao sistema federal.

Lessa, casado e pai de três filhos, também já foi investigado por envolvimento com jogo do bicho, tráfico internacional de armas e outros homicídios.

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp