Polícia
Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi transferido da Penitenciária I de Tremembé, no interior de São Paulo, para a Penitenciária IV do Distrito Federal, em Brasília, na manhã deste sábado (22).
Segundo o Metrópoles, a informação foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). O preso foi entregue à Polícia Federal no aeroporto de São José dos Campos por volta das 11h, após determinação assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A transferência ocorre depois de a SAP alegar que a unidade de Tremembé não possui estrutura adequada para monitoramento integral, que é uma das exigências da condenação de Lessa.
A pasta entendeu que o Complexo Penitenciário de Tremembé, apesar de receber condenados de grande repercussão, não é de segurança máxima.
O miliciano havia sido enviado ao interior de São Paulo em junho, como parte de um acordo que previa aproximação da família dele, embora o documento não determinasse a unidade exata para onde ele deveria ser levado.
Preso desde 2019, Lessa ficou a maior parte do tempo no sistema federal de segurança máxima, após passagens por Mossoró (RN), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS).
Em 2023, ele negociou delação premiada com a Polícia Federal, comprometendo-se a confessar o assassinato de Marielle, detalhar o planejamento do crime e apontar os mandantes.
O governo Tarcísio de Freitas foi contrário à permanência de Lessa em São Paulo.
Além disso, no dia da transferência para Tremembé, o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo denunciou um suposto “salve” do Primeiro Comando da Capital (PCC) para matá-lo. O risco reforçou a avaliação de que o preso deveria retornar ao sistema federal.
Lessa, casado e pai de três filhos, também já foi investigado por envolvimento com jogo do bicho, tráfico internacional de armas e outros homicídios.
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