Polícia
por Camila Lutfi
Publicado em 26/07/2025, às 10h51
Um vigilante de 37 anos matou a ex-esposa a tiros enquanto ela trabalhava, na última sexta-feira (25). A vítima tinha 39 anos. Após o crime, o homem tirou a própria vida.
O caso aconteceu no Edifício Jockey, na Rua Boa Vista, no centro de São Paulo, em andares alugados por departamentos da Prefeitura. No local, há a Escola Municipal de Administração Pública de São Paulo (EMASP), além da SPTuris e outros órgãos da Secretaria Municipal de Gestão.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o vigilante estava com o uniforme da empresa que trabalhava. Ele entrou no prédio, usou a arma do próprio trabalho para atirar contra a ex-companheira e, logo em seguida, atirou em si mesmo — não foram indicados outros feridos.
O caso está sendo registrado como feminicídio e suicídio no 8º Distrito Policial (Brás), conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP). Até o momento, as identidades do autor dos disparos e da vítima não foram reveladas.
*Com informações do Metrópoles e Estadão
Segundo o Anuário de Segurança Pública 2025, no ano passado, o Brasil registrou 44.127 mortes violentas intencionais (MVI), com taxa de 20,8 por grupo de 100 mil habitantes - uma redução de 5,4% em relação ao ano anterior, quando a taxa foi de 21,9 por 100 mil. Esta é a menor taxa de MVI desde 2012.
Ainda assim, quatro quatro estados registraram aumento na taxa de mortalidade por MVI em 2024: Maranhão (+12,1%), Ceará (+10,9%), São Paulo (+7,5%) e Minas Gerais (+5%).
Em São Paulo, o aumento da letalidade foi puxado pelos latrocínios, pelas lesões corporais seguidas de morte, pelas mortes de policiais (por homicídio ou latrocínio) e pelas mortes decorrentes de intervenções policiais.
No entanto, o estado foi a unidade federativa com menores taxas de MVI do País, com 8,2 mortes por grupo de 100 mil habitantes, seguido de Santa Catarina, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
O Anuário ainda mostra que, ao longo de 2024, ao menos quatro mulheres morreram vítimas de feminicídio no Brasil todos os dias.
Em números absolutos, no que se refere às mulheres, mesmo com a queda de
homicídios dolosos, 3.700 mulheres perderam as suas vidas de forma violenta em 2024; dessas, 1.492 foram vítimas de feminicídio — ou seja, mortas por serem mulheres.
É o maior número já observado desde 2015, quando a lei que definiu e separou os registros dessa violência de gênero (Lei n. 13.104/2015) entrou em vigor.
Por sua vez, o número de feminicídios seguidos do suicídio do autor aumentou 21,57% de 2023 para 2024, com 62 casos em todo o Brasil no ano passado.
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