Política

Ato contra PL da Dosimetria reúne cerca de 14 mil pessoas na Avenida Paulista

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Estimativa baseada em imagens aéreas e inteligência artificial aponta pico de público entre 12,1 mil e 15,4 mil manifestantes em São Paulo.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Agência Brasil
Érica Sena

por Érica Sena

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Publicado em 15/12/2025, às 08h00



Cerca de 13,7 mil pessoas participaram do ato contra o Projeto de Lei da Dosimetria, realizado neste domingo (14) na Avenida Paulista, em São Paulo. O número foi calculado pelo Monitor do Debate Político, iniciativa que reúne pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a ONG More in Common.

Estimativa de público usa tecnologia e imagens aéreas

A estimativa considera uma margem de erro de 12%, o que indica que, no momento de maior concentração, o público variou entre 12,1 mil e 15,4 mil manifestantes, como citado pela CNN Brasil.

A metodologia utilizada combina análise de imagens aéreas com o uso de software de inteligência artificial, técnica já aplicada em outros protestos de grande porte no país.

Pico ocorreu no meio da tarde

Ao todo, foram analisadas 42 imagens captadas em sete horários diferentes ao longo do ato. Para o cálculo final, os pesquisadores selecionaram seis fotografias feitas às 16h13, horário apontado como o de maior concentração de pessoas.

As imagens cobriram toda a extensão da manifestação, sem sobreposição, garantindo maior precisão na contagem.A Polícia Militar do Estado de São Paulo informou que não realizou a contagem de público da manifestação, assim como em outros atos recentes ocorridos na Avenida Paulista.

O que diz o PL da Dosimetria

O projeto de lei, aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada da última quarta-feira (10), altera os critérios de cálculo das penas e prevê a redução das punições para envolvidos na trama golpista e nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro. Entre os beneficiados, está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Após a aprovação na Câmara, o texto seguiu para análise do Senado.

O foco da proposta é estabelecer condições objetivas e percentuais mínimos para a fixação das penas e progressão de regime. O relator, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), argumenta que as mudanças buscam evitar “insegurança jurídica”.

Protestos em outras capitais

Além de São Paulo, manifestações contra o projeto foram registradas em diversas cidades. No Rio de Janeiro, o ato ocorreu no Posto 5 de Copacabana, após convocação do cantor Caetano Veloso. Houve protestos também em Belo Horizonte, Belém e Brasília, além de relatos de mobilizações em capitais como Campo Grande, João Pessoa e Natal.

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