Política
por Marcela Guimarães
Publicado em 23/09/2025, às 17h10
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou nesta terça-feira (23) que não existe evidência científica que ligue o autismo ao uso de paracetamol durante a gestação ou à vacinação infantil.
A declaração veio após Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, relacionar as duas práticas ao desenvolvimento da condição neurológica sem provas.
Porta-voz da entidade, Tarik Jašarević afirmou que os estudos disponíveis sobre o medicamento em grávidas ainda são inconclusivos e não têm relação com as alegações feitas pelo governo estadunidense.
Ele também chegou a destacar que as vacinas “são seguras, eficazes e salvam milhões de vidas todos os anos”.
Na véspera da fala, Trump havia dito que o consumo de Tylenol (nome comercial do paracetamol) poderia elevar o risco de autismo durante a gravidez.
O presidente dos EUA também voltou a sugerir que o excesso de doses aplicadas em bebês estaria relacionado ao diagnóstico da condição.
A OMS rejeitou as duas associações. “As vacinas não causam autismo. Elas salvam inúmeras vidas e sua segurança está bem documentada pela ciência”, ressaltou Jašarević em uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça.
A agência alertou que falas do tipo podem causar certo medo na população e prejudicar campanhas de imunização, fundamentais para evitar doenças graves em todo o mundo, como foi com a Covid-19.
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