Política
por Marcela Guimarães
Publicado em 10/12/2025, às 14h36
Os ventos fortes que atingiram São Paulo desde a noite da última terça-feira (9) seguiram ainda mais fortes na manhã desta quarta (10), provocando impactos em serviços essenciais, falta de energia e alterações no funcionamento dos principais aeroportos da capital.
Em alguns lugares, as rajadas ultrapassaram os 80 km/h, segundo o Centro de Emergências Climáticas (CGE).
A chuva intensa com as rajadas de vento interferiram nas operações tanto de Congonhas quanto de Guarulhos. Desde a noite de ontem, foram pelo menos 42 voos cancelados nos dois terminais.
Em Congonhas, apesar de o aeroporto ainda estar funcionando normalmente para pousos e decolagens, as companhias aéreas optaram por redirecionar 10 voos para outros aeroportos e cancelar outros cinco (três chegadas e duas partidas). As informações são da concessionária Aena, responsável pela operação local.
Já em Guarulhos, o mesmo problema também apareceu, com 22 chegadas e 15 partidas canceladas, enquanto quatro aviões com destino ao terminal tiveram que mudar para Curitiba ou Rio de Janeiro.
Conforme comunicou ao BNews São Paulo, a Latam, uma das maiores companhias em operação no Brasil, confirmou que os aviões não conseguiram realizar as decolagens e aterrissagens por conta do clima e dos ventos, podendo causar vulnerabilidades na operação da aeronave.
Em situações de vento forte e instável, acontecem mudanças bruscas de direção e velocidade do vento. Assim, o piloto pode ser impedido de controlar o avião durante a aproximação ou subida.
A Aena ainda informou que, mesmo com as mudanças que impactaram as empresas aéreas, “Congonhas segue operando dentro da normalidade técnica”.
A Defesa Civil divulgou um aviso para condições severas entre terça (9) e quinta-feira (11), prevendo chuva volumosa, rajadas intensas e risco de raios e granizo.
O fenômeno é causado pela formação de um ciclone extratropical no Sul do país, que se deslocou em direção ao estado de São Paulo e trouxe ventos acima de 70 km/h ao longo do dia.
As fortes rajadas desde a madrugada deixaram danos. A Enel relatou que sua área de operação foi altamente afetada, resultando em mais de 1,4 milhão de imóveis sem energia somente nesta quarta.
Quedas de árvores, fechamento de parques e suspensão de consultas em hospitais também foram algumas das consequências da ventania.
O ciclone extratropical, segundo a Defesa Civil, deve começar a perder força a partir de quinta-feira, diminuindo o risco de temporais.
Ainda assim, rajadas isoladas podem persistir em áreas como a Região Metropolitana, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Campinas.
*Com informações da Defesa Civil, Aena, Latam e Centro de Emergências Climáticas
Classificação Indicativa: Livre