Política
A farmacêutica Eli Lilly anunciou o lançamento de uma ferramenta digital para ajudar pacientes e profissionais de saúde a identificar versões falsificadas do Mounjaro, medicamento indicado para o tratamento da diabetes tipo 2 e da obesidade.
A iniciativa surge em meio ao aumento da circulação de produtos irregulares no Brasil, como versões manipuladas, genéricas ou comercializadas apenas como tirzepatida, sem aprovação da Anvisa.
O sistema, batizado de LillyScan, foi apresentado nesta terça-feira (12/12) e tem como objetivo combater o uso de medicamentos sem procedência comprovada, que podem representar riscos significativos à saúde, como citado pelo site Metrópoles.
Segundo a Eli Lilly, produtos que não passam pelos estudos exigidos por órgãos reguladores podem não conter o princípio ativo correto, apresentar dosagens inadequadas ou até mesmo incluir substâncias nocivas.

Outro ponto de alerta é o ambiente de fabricação. Medicamentos falsificados ou manipulados fora de padrões industriais podem sofrer contaminação por bactérias, endotoxinas e impurezas.
O usuário deve acessar o site ScanLilly e escanear, com um smartphone, o QR Code presente na embalagem ou na caixa do medicamento. Todos os produtos originais fabricados pela Eli Lilly possuem esse código.
Após a leitura, o sistema confere se o número de série corresponde a um medicamento legítimo produzido pela empresa e autorizado para comercialização no Brasil. Caso o código não seja reconhecido, há indício de irregularidade.
O Mounjaro é um medicamento injetável de aplicação semanal, comercializado no Brasil exclusivamente em canetas pré-preenchidas, com registro na Anvisa. Seu princípio ativo, a tirzepatida, atua imitando os hormônios GLP-1 e GIP, relacionados ao controle do apetite e do metabolismo.
Durante ensaios clínicos, o medicamento demonstrou potencial de redução de até 20% do peso corporal em alguns pacientes, além de melhorar o controle glicêmico. O uso exige prescrição médica, com retenção de receita, e é indicado apenas dentro de critérios clínicos específicos.
A farmacêutica reforça que qualquer produto vendido apenas como tirzepatida não foi fabricado, estudado ou aprovado pela empresa ou por agências regulatórias internacionais.
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