Política

Como tsunamis se formam e por que são tão devastadores? Entenda o fenômeno

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Ondas podem viajar a centenas de quilômetros por hora e ganhar altura ao se aproximar da costa, tornando-se uma das ameaças naturais mais mortais do planeta.  |   BNews SP - Divulgação Foto:Reprodução/BBC
Érica Sena

por Érica Sena

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Publicado em 09/12/2025, às 10h58



Os alertas de tsunami emitidos no Japão nesta segunda-feira (8) reacenderam a atenção global sobre o fenômeno. O terremoto de magnitude 7,6 que atingiu a costa do país teve epicentro no mar, próximo à cidade de Misawa, e levou regiões como Hokkaido, Aomori e Iwate a acionarem sistemas de emergência.

Embora comuns no Pacífico, tsunamis ainda despertam dúvidas: o que exatamente desencadeia essas ondas gigantes e por que são tão perigosas?

O que causa um tsunami

A palavra “tsunami”, de origem japonesa, significa literalmente “onda de porto”, um nome que descreve bem o efeito devastador que aparece apenas ao alcançar a costa.

Ao contrário das ondas comuns, formadas pelo vento, os tsunamis surgem quando grandes massas de água são deslocadas abruptamente. Isso pode ocorrer após terremotos submarinos, erupções vulcânicas, colapsos geológicos, explosões nucleares ou até colisões de meteoros, como citado pelo site Metrópoles.

Quando isso acontece, não é apenas a superfície da água que se move, toda a coluna d’água, desde o fundo até a superfície, é colocada em deslocamento. Essa energia é tão intensa que pode trazer à tona peixes de profundidades superiores a mil metros.

Velocidade extrema e altura crescente

Em alto mar, um tsunami pode viajar a até 900 km/h,quase a velocidade de um avião comercial, e passar despercebido por quem está a bordo de embarcações. Nessas áreas profundas, a altura da onda costuma variar entre dois e três metros, percorrendo longas distâncias entre uma crista e outra.

O perigo real surge quando a onda se aproxima de regiões rasas próximas ao litoral. A velocidade diminui, mas a energia contida se transforma em altura, podendo gerar ondas de até 40 metros. Dependendo da geografia, o tsunami pode se manifestar como uma única parede de água ou como uma sequência de ondas que avançam e recuam rapidamente.

Uma ameaça recorrente

A região do Pacífico concentra o maior risco porque está localizada no chamado “Círculo de Fogo”, área de intensa atividade tectônica. Ao longo dos últimos séculos, tsunamis causaram algumas das maiores tragédias naturais registradas.

Casos emblemáticos incluem o tsunami provocado pela erupção do vulcão Krakatoa, em 1883, que matou mais de 36 mil pessoas na Indonésia; o desastre no sudeste asiático em 2004, que deixou cerca de 230 mil mortos; e o tsunami de 2011 no Japão, que além de devastar cidades inteiras levou ao desastre nuclear de Fukushima.

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