Política

Correios: veja proposta bilionária do governo Lula para o sistema em crise

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Governo fecha com bancos públicos e privados um empréstimo bilionário para evitar o colapso dos Correios e preservar a meta fiscal  |   BNews SP - Divulgação Foto: Agência Brasil
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 15/10/2025, às 17h50



Na última terça-feira (15), o Governo Federal fechou negociações com bancos públicos e privados para oferecer um empréstimo bilionário aos Correios.

A medida é vista como um “respiro temporário” e tem o objetivo de evitar um novo aporte direto do Tesouro Nacional com a tal crise fiscal.

Proposta do governo

De acordo com informações do portal Times Brasil, a operação deve movimentar entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões em 2025, com possibilidade de um segundo crédito de até R$ 10 bilhões em 2026.

A abertura das negociações havia começado já nesta semana, com a presença de representantes do governo e das instituições financeiras.

O cenário é de forte desequilíbrio nas contas do sistema. Apenas no primeiro semestre de 2025, o déficit chegou a R$ 4,3 bilhões, resultado que pressiona o caixa com medidas emergenciais. Em 2024, o prejuízo já havia sido de R$ 2,6 bilhões.

Correios
Correios (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Correios: é falência ou não?

Por se tratar de uma empresa pública, os Correios não podem decretar falência, mas enfrentam risco real de descontrole operacional e financeiro caso as perdas continuem nesse ritmo.

Mesmo com o empréstimo, o governo não descarta a necessidade de um aporte em 2026 por conta da situação crítica do quadro.

A linha de crédito será lastreada pelo Tesouro Nacional e tratada como uma solução de curto prazo, garantindo um alívio enquanto a nova gestão chega com um plano de reestruturação.

Bancos envolvidos

O plano inclui o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BTG Pactual e Citibank, com participação dos Ministérios da Fazenda, da Casa Civil, da Gestão e das Comunicações.

A equipe econômica tenta evitar novos desembolsos diretos para proteger a meta de superávit primário de 0,25% do PIB em 2025. A situação piorou após o Congresso barrar uma medida de arrecadação que previa gerar cerca de R$ 20 bilhões.

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