Política

Greve de caminhoneiros pode deixar postos sem combustível em estado brasileiro

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Greve de caminhoneiros pode afetar abastecimento de combustíveis em Minas Gerais, incluindo aeroportos  |   BNews SP - Divulgação Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 09/06/2025, às 19h45



Caminhoneiros responsáveis pelo transporte de combustíveis para a Vibra Energia, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), iniciaram uma greve por tempo indeterminado na madrugada desta segunda-feira (9).

O movimento tem como foco a cobrança de direitos previstos em lei e pode afetar o abastecimento de combustíveis em postos e aeroportos de Minas Gerais.

Segundo o Sindtaque-MG, caminhões-tanque estão parados na entrada da base da Vibra. Entre as exigências da categoria estão o pagamento do Piso Mínimo de Frete, previsto na Lei 13.703/2018, e do Vale-Pedágio Obrigatório, conforme determina a Lei 10.209/2001 e a Resolução nº 2885/2008 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Irani Gomes, presidente do Sindtaque-MG, declarou apoio ao movimento e afirmou que essas leis vem sendo ignoradas pelas distribuidoras de combustíveis no estado.

“Com o descumprimento do Piso Mínimo de Frete e do Vale-Pedágio Obrigatório em Minas, os transportadores vêm acumulando prejuízos incalculáveis. Exigimos da Vibra o cumprimento imediato desses direitos dos transportadores, bem como a ampliação e intensificação da fiscalização aos contratantes de serviços de frete por parte da ANTT”, afirmou.

A verdadeira preocupação é que, caso a paralisação continue, o abastecimento de combustíveis em Minas Gerais será comprometido. Como nos fins de semana essa distribuição é reduzida, muitos postos já estão com estoques limitados.

Através de nota oficial, a Vibra afirmou que está tomando medidas e busca manter o atendimento aos clientes.

“A Vibra reitera seu compromisso com a regularidade do abastecimento no estado de Minas Gerais e permanece em articulação com os órgãos competentes para assegurar a continuidade dos serviços. Ademais, informamos que a cia. está sempre aberta ao diálogo individual com cada um de seus contratados, repudiando de forma veemente qualquer tentativa de combinação coletiva de preços que configuram, em tese, infração à legislação de defesa da concorrência, sujeita às sanções legais cabíveis, conforme estabelecido pelos órgãos competentes”, diz a nota.

Já o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) classificou a greve como “uma negociação entre a companhia distribuidora e os caminhoneiros”.

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