Política
por Camila Lutfi
Publicado em 07/05/2025, às 09h44
A greve de professores da rede municipal e alguns servidores públicos acabou na última terça-feira (6), após cerca de 20 dias em paralisação. Os profissionais entraram em greve pela segunda vez no ano em 16 de abril, reivindicando ajuste correto dos salários.
O sindicato dos servidores da cidade de São Paulo, Sindsep, indicou que o fim da greve foi decidido em assembleia realizada na frente da prefeitura, no centro da cidade, após a Secretaria de Gestão apresentar protocolo de entendimento das negociações entre governo e o Fórum das Entidades.
Os professores começaram a greve em busca de salários mais justos e com reajuste inflacionário de mais de 5%. No entanto, a prefeitura alega a necessidade de fazer aumentos parcelados para manter o equilíbrio das contas públicas, visto que o reajuste acrecentará cerca de R$ 1,2 bilhão nos salários de professores da rede pública.
Durante a semana passada, vereadores de São Paulo aprovaram o projeto de lei do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que promove duas parcelas de reajuste total de 5,2%, sendo que uma será paga em maio (2,6%) e a segunda, em maio de 2026 (2,55%). O PL teve 34 votos a favor e 17 contra, sendo aprovado em dois turnos.
Devido ao longo período de manifestações, a prefeitura também ingressou na Justiça para considerar a paralisação abusiva. O desembargador Artur César Bereta Silveira atendeu parcilamente o pedido, determinando que os sindicatos deveriam garantir ao menos 70% dos profissionais das escolas em atividade durante a greve.
O Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem), por sua vez, entrou com petição conjunta para a suspenção da ação judicial da gestão de Ricardo Nunes.
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