Política
Neste 7 de setembro, enquanto o país celebra oficialmente a Independência, milhares de brasileiros se reúnem em diferentes regiões para dar outro significado à data.
É o Grito dos Excluídos e Excluídas, que em 2025 chega à sua 31ª edição com atos em dezenas de cidades.
O movimento surgiu nos anos 1990 como resposta às desigualdades sociais e se consolidou como uma das manifestações mais simbólicas do calendário popular.
A edição de 2025 acontece sob o lema “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é luta de todo dia”.
A frase conecta duas frentes consideradas urgentes pelos organizadores: a preservação ambiental e a defesa da democracia diante de retrocessos e ameaças autoritárias.
É muito importante que esses elementos estejam nas ruas, nos cartazes e nas falas. Estamos reafirmando que não aceitamos golpes nem ingerências externas”, destacou Rosilene Wansetto, da rede Jubileu Sul, para Brasil de fato.
Além da crítica às desigualdades, o Grito deste ano reforça o debate sobre soberania nacional, direitos sociais e participação popular.
Um dos focos será o Plebiscito Popular, com mutirões de coleta de votos que discutem a redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6×1 e a criação de um imposto sobre grandes fortunas.
As atividades não se limitam ao dia 7. Durante toda a semana da Independência, haverá caminhadas, vigílias inter-religiosas, rodas de conversa, debates, apresentações culturais e romarias populares.
No Nordeste, Salvador terá concentração na Praça Campo Grande às 9h, enquanto Recife se reúne no Parque Treze de Maio.
No Sudeste, São Paulo terá ato unificado na Praça da República, e Belo Horizonte, marcha na Praça Raul Soares.
Já em Brasília, a concentração será na Praça Zumbi dos Palmares, a partir das 10h.
No Sul e Norte, as mobilizações também ganham força com caminhadas, missas campais e atividades culturais, em locais como Porto Alegre, Joinville, Manaus e Belém.
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