Política
por Camila Lutfi
Publicado em 14/05/2025, às 10h21
A primeira-dama Janja Silva foi acusada, em vídeos publicados nas redes sociais, de ter sido barrada em um aeroporto em Moscou, na Rússia, com malas de dinheiro obtido com desvios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A informação e as imagens são falsas.
Publicações realizadas no último domingo (11) manipularam a organização de fotos indicando que Janja foi interceptada no aeroporto com malas "recheadas de real e dólar", fruto de fraudes e desvios de mais de R$ 6 bilhões do INSS.
Nos vídeos, uma série de fotos mostravam a primeira-dama, depois ela ao lado do presidente Lula e de Vladmir Putin, presidente da Rússia, imagens de malas em um aeroporto e de um prédio do INSS. Ao mesmo tempo, havia uma narração que afirmava: "As malas estavam recheadas de reais e dólares, totalizando milhões. E o pior: fontes alegam que o dinheiro teria origem no INSS brasileiro. A suspeita levantou um verdadeiro incêndio diplomático com os russos querendo explicações imediatas. Janja teria dito que era apoio humanitário, mas os russos não compraram".
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) desmentiu que Janja se envolveu em qualquer incidente diplomático na viagem à Rússia. "São absolutamente falsas as informações que circulam sobre a viagem da primeira-dama à Rússia. A viagem foi realizada em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), dentro dos trâmites legais e com total transparência. Rejeitamos categoricamente a invenção absurda de que teria sido levada uma elevada quantidade de malas bem como qualquer menção a incidentes com a bagagem — nada disso ocorreu, nem foi registrado por qualquer autoridade responsável", diz a nota oficial.
A primeira-dama chegou ao país quatro dias antes de Lula, no dia 3 de maio. Já no dia 9 de maio, a comitiva presidencial participou da comemoração dos 80 anos da vitória das tropas da União Soviética e demais países aliados contra a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
É importante destacar que não houve qualquer registro oficial de prisão de Janja durante toda a passagem da comitiva presidencial pela Rússia, que foi embora no dia 10 de maio com destino à China.
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