Política
por Camila Lutfi
Publicado em 23/05/2025, às 10h30
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) vai aumentar para 3,5% em operações com cartão de crédito e débito internacional. A medida foi anunciada na última quinta-feira (22) pelo Ministério da Fazenda.
A decisão vai contra a previsão de redução gradual da taxa até 2028. Em 2025, a alíquota do IOF era de 3,38% e tinha expectativa de diminuir até alcançar 0% em três anos.
Segundo o ministério, as medidas reforçarão o caixa do governo em R$ 20,5 bilhões em 2025 e em R$ 41 bilhões em 2026. O objetivo das medidas é uniformizar a tributação sobre operações financeiras, evitar distorções e contribuir para a estabilidade cambial.
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, explicou à Agência Brasil que as medidas envolvem principalmente empresas e contribuintes mais ricos, não punindo as pessoas físicas nem os investimentos.
“Para as pessoas físicas, nada muda. Cheque especial, crédito, adiantamento, nada muda. O que fizemos foi trazer as pessoas jurídicas para a mesma carga das pessoas físicas. Máquinas e equipamentos, normalmente adquiridos pelo Finame [linha do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], continuam zerados. Qualquer crédito habitacional, qualquer empréstimo do Fies [Financiamento Estudantil] e outros programas de desenvolvimento pessoal continuam desonerados”, disse Barreirinhas ao portal.
Além disso, o governo divulgou o congelamento de R$ 31,3 bilhões de gastos não obrigatórios para cumprir com o Orçamento de 2025. O bloqueio foi de R$ 10,6 bilhões, já o contingenciamento foi na ordem de R$ 20,7 bilhões.
Cerca de seis horas após publicar o decreto com a elevação e a padronização de diversas alíquotas do IOF, o governo recuou e revogou parte dos aumentos. Isso aconteceu devido à reação negativa do mercado financeiro.
Confira as principais medidas anunciadas pela Fazenda:
Veja em quais casos o IOF permanece isento ou com alíquota zero:
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