Política
por Camila Lutfi
Publicado em 26/06/2025, às 14h32
Começa a valer na próxima terça-feira (1º) o novo salário-mínimo do estado de São Paulo, que foi reajustado para R$ 1.804. A medida sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas representa um aumento de 10% em relação ao valor anterior, que era de R$ 1.640.
Agora, o salário mínimo paulista fica R$ 286 acima do mínimo nacional, que atualmente está fixado em R$ 1.518. Isso representa uma diferença de 18,84% entre os dois valores.
A mudança garante um ganho real aos trabalhadores beneficiados, pois o aumento está acima da inflação registrada no último ano, que foi de 4,77% segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Segundo o governo estadual, o reajuste é parte de um esforço para proteger o poder de compra da população frente ao encarecimento de itens básicos, como os alimentos.
São Paulo é um dos estados brasileiros com maior custo de vida, exigindo maior piso do salário-mínimo que, como o próprio nome indica, serve para ajudar nos custos essenciais para a sobrevivência. Veja os principais gastos na capital paulista:
O custo com moradia em São Paulo varia de acordo com a região e o bairro escolhido. De acordo com o QuintoAndar, o preço médio do metro quadrado para alugar um imóvel na cidade ficou em R$ 65,15 em novembro de 2024.
O valor de R$ 1.518, geralmente, consegue suprir o alguel de apartamentos pequenos como kitnets e estúdios, ou até mesmo quartos de imóveis onde moram outras pessoas.
Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) indicam que São Paulo tem a cesta básica mais cara do Brasil. Em maio de 2025, o valor médio foi de R$ 1.364,39. Isso representa um aumento de 8,79% em relação ao mesmo mês de 2024, quando registrou média de R$ 1.254,16.
Além disso, para quem come fora de casa, um estudo do Procon-SP em parceria com o DIEESE mostrou que, em outubro de 2024, o preço médio do self-service por quilo na capital paulista foi de R$ 83,14.
Um dos sistemas de transporte público mais completos do Brasil é o de São Paulo. Ele conta com diversas linhas de metrô, ônibus e trens, que conectam a capital com a Grande São Paulo.
Em relação aos valores, podem variar a depender da modalidade escolhida:
Vale lembrar que os valores mudam caso o passageiro utilize vale-transporte ou cartão de estudante.
Para aqueles que utilizam transporte privado, a Petrobras avalia o preço médio da gasolina no estado em R$ 6,07. Ao mesmo tempo, o etanol é avaliado em R$ 2,56 na média.
A educação também pode pesar no custo de vida em São Paulo, visto que o valor da mensalidade de escolas particulares registrou o preço médio de R$ 1.540 em 2023, de acodro com o Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) de 2024.
No entanto, há diversas opções de escolas públicas municipais e estaduais, além de universidades públicas de grande prestígio. A Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, é considerada uma das melhores da América Latina.
No Brasil, os gastos privados correspondem a cerca de 60% do gasto total em saúde, segundo uma pesquisa do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e a Umane, publicada em 2024.
Os pesquisadores indicam que, apesar do país ter uma cobertura universal e gratuita de saúde ofertada pelo SUS, seu subfinanciamento crônico dificulta a oferta dos serviços de saúde.
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