Política
O início de 2026 se aproxima com uma tradiconal dúvida para quem depende do transporte público: o valor da passagem de ônibus vai aumentar?
Um levantamento da TV Globo, publicado pelo g1, mostra que, entre os 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, apenas quatro já garantiram que não haverá reajuste em janeiro.
Até agora, Itapevi, Mairiporã, Poá e Suzano informaram oficialmente que pretendem manter o preço atual das tarifas, segundo o g1. Nos demais municípios, o cenário é de indefinição, silêncio ou modelos alternativos de custeio do transporte.
Na cidade de São Paulo, a maior do país, a Prefeitura não confirmou se haverá aumento. Em declaração feita no dia 8 de dezembro, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que a decisão dependeria de estudos da SPTrans sobre os custos do sistema em 2026, conforme informou o g1.
Dias depois, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Nunes disse que o estudo só deve ser apresentado após o dia 20 de dezembro.
A capital opera cerca de 12 mil ônibus, transporta aproximadamente 7 milhões de passageiros por dia e já gastou R$ 6,3 bilhões em subsídios entre janeiro e novembro deste ano, segundo dados divulgados pelo g1.
Enquanto parte da região discute reajustes, alguns municípios mantêm o transporte gratuito. Guararema, Santa Isabel, São Caetano do Sul e São Lourenço da Serra afirmaram que o sistema de tarifa zero será mantido em 2026.
Nessas cidades, o custo do transporte é totalmente bancado pelas prefeituras. Em São Caetano do Sul, por exemplo, a administração municipal desembolsa cerca de R$ 3 milhões por mês para atender cerca de 70 mil passageiros.
Há também cidades que não operam linhas municipais. Biritiba Mirim, Pirapora do Bom Jesus e Salesópolis informaram ao g1 que o transporte local é realizado, majoritariamente, por linhas da EMTU, responsável pelo sistema intermunicipal do governo estadual.
A maior parte dos municípios da Grande SP ainda não definiu se haverá reajuste em janeiro. Entre eles estão Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema, Mauá e Barueri, segundo o levantamento do g1.
Outras prefeituras não responderam aos questionamentos da TV Globo, como Guarulhos, Taboão da Serra e Carapicuíba, reforçando um cenário de incerteza para milhões de passageiros que aguardam definições nas próximas semanas.
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