Política
A mobilização dos trabalhadores dos Correios em São Paulo ganhou força nesta terça-feira, dia 16 de dezembro, após a categoria aprovar uma greve por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada em assembleia e reflete o descontentamento dos funcionários diante da falta de avanços nas negociações salariais e da preocupação com a preservação de direitos históricos, segundo o Metrópoles.
A paralisação começou oficialmente às 22h, conforme informou o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo.
Segundo a entidade, o movimento surge como resposta direta à postura da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que, de acordo com os trabalhadores, não apresentou propostas concretas e sinalizou medidas que podem agravar as condições de trabalho.
O sentimento predominante entre os funcionários é de que a categoria está sendo responsabilizada por uma crise que não criou.
Os pedidos por reajuste salarial não são recentes. Desde julho, os trabalhadores cobram uma atualização nos salários e nos benefícios econômicos, mas afirmam que não houve retorno efetivo por parte da empresa.
A ausência de diálogo ao longo dos últimos meses ampliou a insatisfação e culminou na decisão pela greve.
De acordo com o sindicato, a mobilização também busca barrar o que a categoria classifica como ameaças de retirada de direitos e avanço da precarização das atividades.
Para os trabalhadores, manter conquistas históricas é tão importante quanto discutir salários. Além do reajuste, a pauta inclui melhores condições de trabalho e a garantia de que benefícios não sejam reduzidos.
A paralisação não ficou restrita ao estado de São Paulo. Assembleias em outras regiões do país também aprovaram a greve, incluindo Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará e Paraíba. Em diversas unidades operacionais, a decisão já se reflete no dia a dia, com piquetes organizados, portões fechados e grande adesão dos funcionários.
O sindicato destaca que a mobilização demonstra a disposição da categoria em resistir às medidas propostas pela direção da empresa. A leitura dos trabalhadores é de que o esforço coletivo é essencial para pressionar por soluções concretas.
Procurada, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos informou que mantém o funcionamento das agências e a continuidade das entregas em todo o território nacional. A estatal afirmou ainda que adotou ações contingenciais para reduzir impactos operacionais e assegurar os serviços considerados essenciais.
Em nota, os Correios reforçaram o compromisso com o diálogo e com a sustentabilidade financeira da empresa.
A direção também destacou que segue empenhada em buscar um entendimento com as representações dos trabalhadores, sob mediação do Tribunal Superior do Trabalho.
A empresa afirma que preservar empregos e garantir a continuidade dos serviços é prioridade neste momento.
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