Política
Publicado em 28/05/2025, às 13h09 Giovana Sedano
Durante a sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado, realizada na terça-feira, 27 de maio, o senador Plínio Valério fez um comentário que foi amplamente interpretado como desrespeitoso e machista.
Ao cumprimentar a ministra Marina Silva, Valério afirmou que desejava "separar a mulher da ministra", pois a mulher "merecia respeito" e a ministra, não. Essa declaração gerou imediata reação de Marina, que exigiu um pedido de desculpas do parlamentar.
Diante da recusa de Valério em se desculpar, Marina Silva decidiu abandonar a sessão, demonstrando sua indignação com o tratamento recebido. A ministra afirmou que, como mulher e ministra, merecia respeito, e que não toleraria declarações que desqualificassem sua atuação profissional com base em seu gênero. Sua saída da sessão foi vista como um ato de protesto contra o machismo institucionalizado.
O episódio gerou ampla repercussão nas redes sociais e entre parlamentares. Deputadas de diversos partidos acionaram o Conselho de Ética do Senado, pedindo responsabilização de Valério por sua fala.
Em resposta às críticas, o senador Plínio Valério afirmou que sua fala foi uma "brincadeira" e que não se arrependeu do comentário. No entanto, sua justificativa foi amplamente rejeitada por colegas parlamentares e organizações da sociedade civil, que consideraram a fala como uma tentativa de desqualificar a ministra com base em seu gênero.
Após o incidente, Marina Silva concedeu entrevista à imprensa, onde denunciou a violência política de gênero que enfrentou. Ela afirmou que a fala de Valério incita a violência contra mulheres na política e que tal atitude dificilmente seria direcionada a um homem.
O episódio envolvendo Marina Silva e Plínio Valério trouxe à tona discussões sobre o respeito e a igualdade de gênero no ambiente político brasileiro. O incidente reforça a necessidade de combater a violência política de gênero e promover um ambiente mais inclusivo e respeitoso para todas as mulheres na política.
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