Política

Santa que “expele” mel no interior de SP será investigada por comissão do Vaticano

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Apelidada de Nossa Senhora do Mel, a imagem da santa teria começado a “expelir” mel e outras substâncias há mais de 30 anos  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes sociais/Kelem Figueiredo
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 31/07/2025, às 18h05



A Arquidiocese de São José do Rio Preto instaurou uma comissão para investigar um suposto fenômeno envolvendo uma imagem de Nossa Senhora de Fátima que pertence a uma fiel da cidade de Mirassol, no interior de São Paulo.

Apelidada de Nossa Senhora do Mel, a imagem teria começado a “expelir” mel e outras substâncias há mais de 30 anos, chamando a atenção de fiéis.

De acordo com relatos, a imagem teria lacrimejado sal, azeite, vinho e, mais recentemente, mel. A substância vem sendo consumida por devotos, que a consideram “diferente do mel comum”.

Em 1993, dois anos após ser trazida de Fátima, Portugal, a dona da imagem relatou ter visto as primeiras lágrimas saindo do objeto católico.

Nossa Senhora do Mel
Nossa Senhora do Mel (Foto: Reprodução/Redes sociais/Kelem Figueiredo)

O fenômeno se espalhou e passou a mobilizar milhares de pessoas. Em agosto de 2023, a imagem chegou a ser visitada pela cantora Elba Ramalho. Hoje em dia, circula por igrejas do interior paulista.

Comissão de investigação

A repercussão levou a Arquidiocese a montar uma Comissão de Investigação com orientações do Vaticano, que em maio do ano passado publicou diretrizes para apuração de fenômenos religiosos como o da Nossa Senhora do Mel.

O grupo é formado por um delegado, um teólogo, um canonista, um perito e um notário. Segundo a Arquidiocese, os membros atuam sob juramento de sigilo e fidelidade à Igreja Católica, com base em critérios “científicos, doutrinários e pastorais”.

Santa pode perder status?

Por enquanto, a Arquidiocese não suspendeu as peregrinações ou a devoção popular. A comissão quer esclarecer a autenticidade dos relatos e deve produzir um relatório a ser enviado ao Vaticano. A decisão final será da Santa Sé.

Dom Antônio Emídio Vilar, responsável pela Arquidiocese, afirmou ao Metrópoles que a investigação “é uma atividade necessária destinada a responder a tantos que procuram [a Igreja] em busca de informações acerca desses fenômenos”.

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