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Publicado em 18/11/2025, às 16h17 Foto: Divulgação/NASA. Bianca Novais
Um novo estudo da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, traçou, pela primeira vez, como seria a chegada de objetos interestelares caso algum colidisse com a Terra.
Segundo o Olhar Digital, as simulações revelam que esses corpos chegariam a velocidades altíssimas, com impacto provável em cerca de 72 km/s, muito acima da maioria dos meteoros do Sistema Solar.
Apesar de a chance de colisão ser classificada como “muito, muito baixa”, até pequenos objetos poderiam causar estragos significativos devido à enorme velocidade.
Para entender melhor esse risco, os pesquisadores criaram uma população sintética com mais de 26 bilhões de objetos e testaram milhões de trajetórias possíveis.
Os objetos interestelares 1I/‘Oumuamua (2017), 2I/Borisov (2019) e 3I/ATLAS (2025) já cruzaram nosso Sistema Solar, todos com trajetórias hiperbólicas e velocidades impressionantes: de 26 km/s a 58 km/s.
Cada um apresentou comportamentos distintos, desde a ausência de coma (nome que se dá à “nuvem” ao redor do núcleo do cometa) visível em ‘Oumuamua até a composição rica em poeira e monóxido de carbono em Borisov, indicando diversidade de origem dos corpos e grande dificuldade de prever seu comportamento.
As simulações mostram que impactos não são aleatórios: dois pontos concentram maior fluxo de possíveis colisões: a direção do ápice solar (para onde o Sol se move na galáxia) e o plano galáctico.
A força da gravidade do Sol desempenha papel crucial, curvando as trajetórias dos objetos mais lentos e direcionando-os para regiões próximas à órbita da Terra.
O comportamento também é sazonal. Durante o inverno do Hemisfério Norte, há maior probabilidade de impacto, pois a Terra se posiciona de forma que objetos permaneçam mais tempo sob efeito do “foco gravitacional” do Sol.
Já os impactos mais violentos ocorreriam na primavera, quando a Terra se move na direção do ápice solar, aumentando a velocidade relativa no encontro.
As simulações indicam maior concentração de impactos em baixas latitudes, especialmente próximas ao Equador. Há leve predominância no Hemisfério Norte devido à posição do ápice solar.
Embora o estudo não estime quantos impactos ocorreriam, ele descreve quando, onde e sob quais condições esses raros (mas potencialmente devastadores) eventos seriam mais prováveis.
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