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Publicado em 19/12/2025, às 14h48 Foto: Reprodução/Fiat Fernanda Montanha
A Fiat Toro consolidou sua posição como uma das picapes mais vendidas do país, mas sempre conviveu com uma crítica recorrente ligada ao consumo de combustível, sobretudo nas configurações flex.
Ciente desse ponto frágil, a Stellantis decidiu promover uma mudança relevante na próxima geração do modelo. A aposta da marca mira diretamente eficiência e modernização, com a adoção de um sistema híbrido leve mais avançado a partir da linha 2027, prevista para chegar às lojas em 2026.
A grande novidade da nova Toro está na adoção do sistema Bio Hybrid MHEV de 48 volts, uma solução mais sofisticada do que a tecnologia de 12 volts já usada em outros modelos da marca.
Esse conjunto não transforma a picape em um veículo plug in, mas atua de forma inteligente para aliviar o trabalho do motor a combustão. O resultado esperado é uma redução de consumo que pode chegar a 15 por cento, especialmente no uso urbano, segundo o Garagem360.
O sistema conta com dois motores elétricos. Um deles assume as funções de alternador e motor de partida, enquanto o segundo é integrado à transmissão e entrega potência adicional. Esse motor elétrico complementar fornece cerca de 28 cavalos e 5,6 kgfm de torque extra, atuando principalmente em arrancadas e retomadas.
Todo esse conjunto trabalha em harmonia com o já conhecido motor 1.3 turbo flex, que entrega 176 cavalos e 27,5 kgfm de torque. Na prática, isso significa respostas mais rápidas no trânsito e menor gasto de combustível em situações de anda e para. A eletrificação entra como aliada da performance e da economia, sem alterar drasticamente a experiência ao volante.
A Fiat não pretende aplicar a tecnologia híbrida em toda a gama logo no lançamento. De acordo com informações de bastidores do setor automotivo, a nova Toro híbrida será oferecida inicialmente em três versões específicas. São elas Freedom, Volcano e Ultra.
Já a versão de entrada Endurance seguirá equipada apenas com o motor a combustão tradicional. A estratégia busca manter um preço inicial mais competitivo para quem prioriza custo de aquisição. A marca optou por segmentar a inovação, oferecendo o sistema híbrido nas versões mais completas.
Apesar do avanço tecnológico no conjunto mecânico, a transmissão não seguirá o mesmo caminho de inovação. Havia expectativa de que o sistema de 48 volts fosse combinado a um câmbio de dupla embreagem com sete marchas, solução mais eficiente e moderna.
No entanto, para evitar um aumento significativo no preço final da picape, a Fiat decidiu manter o câmbio automático tradicional de seis marchas. Trata se de um conjunto já conhecido pela robustez e confiabilidade. A decisão privilegia equilíbrio entre custo e durabilidade, mesmo que sacrifique um pouco da eficiência máxima.
Com essas mudanças, a Fiat Toro entra em uma nova fase, buscando corrigir um de seus principais pontos de crítica sem abrir mão da força que a transformou em um sucesso comercial. A chegada do sistema híbrido leve reforça o compromisso da marca com eficiência e aponta para um futuro mais tecnológico no segmento de picapes médias.