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Publicado em 17/12/2025, às 13h06 Foto: emini North / NSF NOIRLab Érica Sena
O cometa interestelar 3I/ATLAS voltou a chamar a atenção da comunidade científica após apresentar um aumento significativo de brilho e uma coloração esverdeada incomum.
Novas imagens captadas pelo Telescópio Gemini North, no Havaí, confirmam que o objeto entrou em uma fase intensa de atividade desde sua aproximação máxima do Sol, ocorrida no fim de outubro, como citado pelo site Aventuras Na História.
A escalada no brilho indica que o cometa pode passar por novos surtos de liberação de material à medida que segue em direção ao ponto mais próximo da Terra, previsto para a próxima semana. Astrônomos acompanham o fenômeno com expectativa, já que se trata de um dos raríssimos objetos vindos de fora do Sistema Solar.
As observações feitas em 26 de novembro mostram o 3I/ATLAS em um de seus momentos mais ativos até agora. Aquecido pela radiação solar, o gelo presente em seu núcleo começa a sublimar, liberando grandes quantidades de poeira e gases. Esse processo forma uma extensa coma atmosfera nebulosa ao redor do cometa e uma longa cauda luminosa que se projeta no espaço.
Esse comportamento é típico de cometas quando se aproximam do Sol, mas, no caso do 3I/ATLAS, a intensidade chamou atenção pela rápida evolução registrada em poucas semanas.
O brilho esverdeado detectado nas imagens é resultado da presença de carbono diatômico na coma do cometa. Essa molécula, ao ser excitada pela luz solar, emite radiação na faixa verde do espectro.
Curiosamente, registros feitos em agosto mostravam o objeto com uma tonalidade mais avermelhada, o que indica que novas substâncias estão sendo liberadas à medida que o cometa aquece.
O ponto de maior aproximação da Terra ocorrerá em 19 de dezembro, a cerca de 270 milhões de quilômetros do planeta, distância considerada segura. O maior mistério agora é como o cometa reagirá ao esfriar, já que muitos objetos desse tipo apresentam explosões tardias de atividade.
O 3I/ATLAS é apenas o terceiro objeto interestelar já identificado, ao lado de ’Oumuamua e Borisov. Viajando em uma órbita hiperbólica, ele atravessa o Sistema Solar sem retorno previsto, oferecendo uma oportunidade única de estudar materiais formados em outros sistemas estelares.
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