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Cometa interestelar 3I/ATLAS libera grandes quantidades de hidrogênio e impressiona cientistas; entenda

Observação inédita da sonda MAVEN, da NASA, revela pistas sobre a composição e a origem de objetos vindos de fora do Sistema Solar  |  Foto: Wikimedia Commons

Publicado em 16/12/2025, às 11h27   Foto: Wikimedia Commons   Ana Caroline Alves

A NASA anunciou uma descoberta surpreendente envolvendo o cometa interestelar 3I/ATLAS, que atualmente atravessa o Sistema Solar. Utilizando dados da sonda MAVEN, que orbita Marte, cientistas identificaram a liberação de hidrogênio em grande escala ao redor do cometa, um feito inédito quando se trata de visitantes vindos de outras estrelas.

A observação abre uma janela rara para compreender a composição química e a história desses corpos celestes interestelares, que passam rapidamente pela nossa vizinhança cósmica antes de seguir viagem pelo espaço profundo.

Como a sonda MAVEN detectou o hidrogênio do cometa

A identificação foi possível graças ao Espectrógrafo de Imagem Ultravioleta (IUVS) da MAVEN. O instrumento conseguiu mapear a nuvem de gás, conhecida como coma, que envolve o núcleo do 3I/ATLAS, isolando a assinatura ultravioleta do hidrogênio liberado pelo cometa, as informações são do R7.

Além do hidrogênio comum, os dados também permitiram analisar a presença de deutério, uma forma mais pesada do elemento. Essa proporção é considerada uma “impressão digital química”, fundamental para investigar onde e em quais condições o cometa se formou.

Foto: Divulgação/NASA

Por que a liberação de hidrogênio é tão importante para a ciência

Os dados coletados também indicam a presença de outras moléculas, como a hidroxila, reforçando a ideia de que o cometa passa por intensos processos de sublimação à medida que se aproxima do Sol. Isso permite estudar como os gases se comportam em torno do núcleo e como interagem com a radiação solar.

Cada nova medição ajuda os astrônomos a reconstruírem a trajetória do 3I/ATLAS e a entenderem melhor como objetos desse tipo viajam entre sistemas estelares. Para a NASA, essas observações funcionam como um laboratório natural para estudar química cósmica em ambientes extremos.

Com a MAVEN ainda em operação, os cientistas seguem analisando os dados e esperam que essa descoberta sirva de referência para futuras missões dedicadas a investigar visitantes interestelares, peças-chave para compreender a formação e a evolução do universo.

Classificação Indicativa: Livre


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