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Mounjaro engravida mesmo com anticoncepcional? Veja o que dizem especialistas

Laís Caldas relata como o remédio para emagrecimento, Mounjaro, pode ter afetado a absorção do anticoncepcional e levado à gestação  |  Reprodução Instagram

Publicado em 17/12/2025, às 10h20   Reprodução Instagram   Nathalia Quiereguini

A gravidez da ex-BBB e médica Laís Caldas chamou atenção nas redes sociais recentemente, levantando um alerta importante: o uso de medicamentos para emagrecimento, como o Mounjaro, pode reduzir a eficácia da pílulaanticoncepcional.

Foto: Freepik

O que aconteceu com Laís Caldas

Segundo o Uol, Laís compartilhou que engravidou mesmo usando anticoncepcional oral de forma regular.

Alguns meses antes do casamento com o também ex-BBB Gustavo Marsengo, ela iniciou um tratamento com Mounjaro, medicamento indicado para perda de peso e combate à obesidade.

Segundo a ex-BBB, o remédio teria interferido na absorção do anticoncepcional, permitindo que a gestação acontecesse.

O caso se tornou conhecido nas redes pelo fenômeno chamado “bebês Ozempic”, termo usado para situações semelhantes envolvendo medicamentos da mesma classe da tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro.

Por que o remédio pode influenciar na gravidez

Especialistas explicam que medicamentos injetáveis para emagrecimento, como a tirzepatida, atuam imitando hormônios intestinais que regulam o apetite, como o GLP‑1.

Esses hormônios retardam o esvaziamento do estômago e podem provocar efeitos gastrointestinais, incluindo náuseas, vômitos e diarreia.

Esses sintomas afetam parte significativa dos usuários e podem prejudicar a absorção de medicamentos orais, incluindo anticoncepcionais, fazendo com que os hormônios sejam eliminados antes de entrar na corrente sanguínea.

Além disso, a própria perda de peso pode aumentar a fertilidade. A redução de gordura corporal melhora o equilíbrio hormonal e ajuda a restaurar ciclos ovulatórios em mulheres que tinham irregularidades, elevando naturalmente as chances de gravidez.

Recomendações médicas

A Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) alerta que ainda faltam estudos conclusivos sobre a interação entre a tirzepatida e anticoncepcionais orais.

No entanto, recomenda cautela: mulheres que usam Mounjaro devem evitar pílulasisoladas ou combiná-las com métodos de barreira, como preservativos, por pelo menos quatro semanas após iniciar ou ajustar a dose.

Outra alternativa é optar por métodos contraceptivos de alta eficácia que não dependem da absorção intestinal, como DIU hormonal ou de cobre, ou implante contraceptivo.

A entidade também reforça que não há evidências de segurança do medicamento durante gravidez ou amamentação, por isso, a orientação é suspender a tirzepatida pelo menos um mês antes de tentar engravidar.

O caso de Laís evidencia a importância de atenção ao uso de medicamentos para emagrecimento junto com anticoncepcionais e reforça que planejamento familiar deve ser sempre acompanhado por um profissional de saúde.

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